O salário mínimo é o valor mais baixo que os empregadores podem pagar legalmente aos seus funcionários por uma jornada de trabalho. No Brasil, esse valor é definido pelo governo federal e serve como base para a remuneração de milhões de trabalhadores, além de ser referência para benefícios sociais e previdenciários.
Em 2025, o salário mínimo no Brasil foi reajustado para R$ 1.518, valor que entrou em vigor a partir de 1º de janeiro. No entanto, o pagamento desse novo valor começou apenas em fevereiro, já que os salários são pagos no mês seguinte ao trabalhado.
Como é calculado o salário mínimo?
O reajuste do salário mínimo em 2025 seguiu duas regras principais, estabelecidas pela Lei 14.663/2023:
- Reajuste pela inflação: O valor foi ajustado em 4,84%, correspondente à inflação acumulada até novembro de 2024, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
- Aumento real com base no PIB: O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 foi de 3,2%, mas o Congresso Nacional limitou o aumento real do salário mínimo a 2,5%.
Com isso, o salário mínimo teve um aumento total de 7,5% em relação a 2024.
Impactos do aumento do salário mínimo na economia
O reajuste do salário mínimo pode influenciar a economia de diversas formas:
- Aumento do poder de compra: Com mais dinheiro, os trabalhadores tendem a consumir mais, o que impulsiona a demanda por produtos e serviços.
- Pressão sobre os custos das empresas: O aumento da demanda pode elevar os custos de produção, especialmente para pequenas e médias empresas.
- Possível impacto na inflação: Embora o governo use o INPC para calcular o reajuste e evitar a perda do poder de compra, o aumento salarial pode pressionar os preços de produtos e serviços.
Benefícios e desafios do reajuste do salário mínimo
Benefícios:
- Melhoria do poder de compra: Os trabalhadores têm mais capacidade de adquirir bens e serviços, o que estimula a economia.
- Redução da pobreza: O reajuste ajuda a diminuir as desigualdades sociais, beneficiando famílias de baixa renda.
Desafios:
- Aumento dos custos para empresas: Pequenas e médias empresas podem enfrentar dificuldades para cobrir os gastos com a folha de pagamento, o que pode levar a demissões ou redução de contratações.
- Risco de desemprego: Se o aumento salarial não for acompanhado por um crescimento proporcional na produtividade, pode haver redução na demanda por mão de obra.
Como organizar o orçamento com o salário mínimo de R$ 1.518
Planejar o orçamento mensal com base no salário mínimo exige disciplina e priorização de gastos. Uma estratégia eficaz é o método 50-30-20:
- 50% para necessidades básicas (R$ 759): Inclui moradia, alimentação, transporte e contas de serviços (água, luz, gás, internet).
- 30% para despesas pessoais (R$ 455,40): Gastos com lazer, como cinema, passeios e academia.
- 20% para poupança e investimentos (R$ 303,60): Reserva de emergência, pagamento de dívidas ou investimentos.
Essa divisão é apenas um exemplo e pode ser adaptada de acordo com a realidade de cada pessoa.
Dicas para quitar dívidas com o salário mínimo
- Priorize as dívidas mais caras: Comece pagando aquelas com os juros mais altos, como cartões de crédito.
- Negocie com credores: Muitas instituições oferecem opções de parcelamento ou descontos para quitação à vista.
- Corte gastos desnecessários: Identifique e reduza despesas supérfluas para direcionar mais recursos ao pagamento de dívidas.
- Crie uma reserva de emergência: Mesmo que pequena, ela evita que imprevistos se transformem em novas dívidas.
Com informações da Serasa