- Serasa ouviu 2.446 brasileiros para entender as dificuldades financeiras que costumam acompanhar as cinco semanas do 8º mês do ano;
- 33% dos entrevistados afirmam que a renda é insuficiente para ultrapassar as despesas de agosto.
- Conhecido como o mês do desgosto, seus 31 dias carregam um sabor de janeiro devido ao pequeno recesso de julho e à sensação de infinitude;
- Contas acumuladas nos sete primeiros meses do ano recebem o reforço de gastos com as férias de inverno;
- Especialistas em finanças pessoais dão dicas para enfrentar as dificuldades de “Agosto Infinito”.
Sem feriados nacionais e sob a pressão das contas acumuladas ao longo do ano, 33% dos brasileiros afirmam que sua renda não é suficiente para pagar todas as despesas do mês de agosto. O levantamento da Serasa, produzido em parceria com o Instituto Opinion Box, ouviu 2.446 pessoas e reforça a necessidade de cautela no orçamento para fazer o salário render até o dia 31.
A pesquisa mostra que somente 35% dos entrevistados confiam que conseguirão chegar ao final do mês com “alguma reserva de dinheiro”, sendo que 36% têm certeza de que o dia 31 de agosto os encontrará vulneráveis financeiramente. Entre os consumidores ouvidos, 22% consideram agosto o mês mais difícil sob o ponto de vista de finanças.
Despesas acumuladas
“Com a chegada do segundo semestre, muitas famílias começam a sentir o peso das despesas acumuladas, como parcelas de compras feitas no início do ano, rematrículas escolares e preparação para as despesas de fim de ano”, explica Aline Maciel, gerente da plataforma Limpa Nome da Serasa. “Além disso, a ausência de feriados pode contribuir para o sentimento de ‘eternidade’ do mês, aumentando a percepção de que o salário não é suficiente para cobrir todos os custos e demonstrando a necessidade de redobrar a cautela com a organização das finanças”.
Como esticar o salário
Para auxiliar os consumidores a enfrentarem o período, a Serasa convocou quatro especialistas em finanças pessoais em uma campanha especial de educação financeira. Sob o mote de que “Agosto é Infinito, Mas o Salário Não”, a iniciativa bem-humorada propõe desafios semanais a fim de orientar os brasileiros a desembarcarem em setembro com mais tranquilidade financeira, distante do endividamento.
“Buscamos o auxílio de influenciadores digitais em finanças pessoais para estimular hábitos de economia consciente que podem fazer a diferença em todos os meses do ano, mas especialmente nesse mês que financeiramente parece sem fim”, afirma Gabriela Siqueira, especialista da Serasa. Com o apoio dos influenciadores Camila Azevedo, Hélida Santos, Lara Rodrigues e Natália Cunha, a Serasa produziu quatro vídeos que serão publicados nas redes sociais ao longo do mês.
Os desafios propostos:
1) 7 dias sem delivery: o primeiro desafio, já disponível, incentiva o preparo de refeições em casa, hábito que pode ajudar na saúde do corpo e das finanças. É a oportunidade de rever gastos com serviços de delivery que pesam de forma pingada no orçamento. Com @helidasantos.fp.
2) 7 dias para rever streamings: com ofertas tentadoras no boca a boca de amigos e familiares, é comum a contratação de serviços de filmes, séries, músicas e eventos esportivos que engordam a fatura. Alguns são essenciais, mas outros foram contratados por impulso ou por uma necessidade que já passou. É hora de revisar assinaturas e cancelar serviços não mais utilizados. Com @eu.camilaazevedo.
3) 7 dias sem compras impulsivas: focado em consumo consciente, este desafio propõe reflexões sobre a real necessidade de cada compra. A ideia é distinguir os sentimentos que envolvem os desejos por produtos de forma descontrolada, como a frustração e as vontades, evitando gastos dispensáveis ou secundários. Com @natalia.finanças.
4) 7 dias sem abuso noturno: bares, restaurantes e festas encorpam as despesas com itens nem sempre mensurados no orçamento, como alimentação, bebidas e o próprio deslocamento. Os cinco finais de semana de agosto exigem um alerta especial. A proposta da última semana de agosto incentiva encontros em casa, criando momentos de lazer e entretenimento com amigos ou familiares sem gastos mais expressivos. Com @duplaeconomia.