A inflação e o aumento do custo de vida continuam sendo preocupação dos brasileiros no primeiro semestre de 2025. A maior parte (75%) também avalia que os altos preços estão impactando o poder de compra de alimentos e outros produtos do abastecimento dos lares. Em segundo lugar permanece a preocupação com o preço dos combustíveis (30%), seguido pelos gastos com saúde e medicamentos (28%). Os dados são da nova edição da pesquisa Radar, realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
A percepção de aumento da inflação nos últimos seis meses é majoritária em todos os segmentos, mas apresenta algumas variações entre sexo e classes sociais. As mulheres são as que mais percebem alta nos preços: 85% delas dizem que a inflação aumentou, frente a 80% dos homens. Na análise por faixa etária, os jovens de 18 a 24 anos registram a maior percepção de aumento (86%), enquanto o menor percentual aparece entre os entrevistados com 60 anos ou mais (74%).
Do ponto de vista educacional, destaca-se o grupo com ensino superior, onde 87% percebem aumento de preços, configurando o percentual mais alto entre os níveis de escolaridade. A percepção de alta da inflação também é mais expressiva entre os que ganham acima de 5 salários mínimos (87%), superando as faixas de até 2 e de 2 a 5 salários, ambas com 82%. Por região, Sudeste e Sul lideram a percepção de aumento de preços, com 85%, seguidas pelo Centro-Oeste (83%). Norte e Nordeste registram os percentuais mais baixos, ambos com 79%.
Outras preocupações dos Brasileiros
O levantamento também revela uma preocupação de 21% dos brasileiros com os juros do cartão de crédito, financiamentos e empréstimos; escola, faculdade e outros serviços de educação (8%); preço das passagens e transporte público, planos de compra de veículos e imóveis, planos de compra de móveis e eletrodomésticos, empatados com 7% e por último os planos de viagem, que preocupam 3% dos brasileiros. A pesquisa foi realizada entre os dias 12 a 20 de junho de 2025 com 2 mil pessoas nas cinco regiões do País.