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“Gastos invisíveis” podem pesar no orçamento mensal. Saiba como evitar!

A trigésima edição do Feirão Serasa Limpa Nome, que iniciou na segunda-feira (30) segue com as negociações a todo o vapor até o dia 30 de novembro. Foto: Divulgação
A trigésima edição do Feirão Serasa Limpa Nome, que iniciou na segunda-feira (30) segue com as negociações a todo o vapor até o dia 30 de novembro. Foto: Divulgação

Saiba como se planejar para diminuir os “vilões” do dia a dia

Gasto com TV a cabo é uma das despesas que podem pesar no bolso dos brasileiros

FOTO: VALTER CAMPANATO / AGÊNCIA BRASIL

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Wesley Costa

Você já ouviu falar sobre gastos invisíveis e como eles podem impactar negativamente no seu bolso ao final de cada mês? Pois bem, o termo refere-se aquelas pequenas compras compulsivas que acabam passando despercebidas no nosso dia a dia, mas que ao somá-las é possível alcançar uma quantia alta. Esses gastos, também podem estar inclusos em taxas de produtos e/ou serviços que não são realmente necessários.

Para evitar esses “fantasmas” nas despesas, especialistas afirmam que é importante estar atento aos hábitos financeiros e adotar algumas medidas simples. O primeiro passo é fazer um planejamento do seu orçamento para saber, exatamente, quanto se ganha e quanto é possível gastar, para assim, identificar esses gastos desnecessários e cortá-los.

“Geralmente, a maior parte dos gastos invisíveis costumam ocorrer dentro dos supermercados. Por isso, a gente sempre orienta que a pessoa se alimente antes de sair de casa para fazer suas compras. Dessa forma, ela acaba diminuindo a ansiedade e controlando a compulsão de adquirir algo não tão importante nesse momento. Claro, levar consigo a boa e velha lista para não levar mais do que precisa”, diz o presidente do Conselho Regional de Economia do Pará e Amapá (Corecon-PA/AP), Pablo Damasceno.

Esses pequenos vilões também podem estar presentes onde menos se espera, alerta o especialista. “Sabe aquele cafezinho ou doces que a gente consegue comprar até mesmo na cantina do trabalho? Pois é, essas aquisições também podem ser um grande risco para o bolso e contribuir para o endividamento”, aponta.

ANOTAÇÃO

Muitos podem achar a prática antiquária ou até mesmo desnecessária, mas o bom e velho caderninho pode contribuir bastante para eliminar os gastos invisíveis. “Com a tecnologia, as pessoas costumam olhar no celular mesmo aquele gráfico de consumo. Porém, ali aparecem apenas a categoria das coisas compradas, não os itens em si, do que foi consumido. Se você levar um caderninho de bolso e começar a anotar tudo que compra durante o dia, poderá ter uma maior noção dos seus gastos desnecessários”, afirmou Pablo.

Os gastos invisíveis também podem estar atrelados a outros maiores, camuflando a necessidade de tê-los no orçamento, como é o caso das taxas de serviços bancários. “Tem bancos, por exemplo, que cobram taxas para você ter direito a ‘x’ saques por mês. Mas se você não costuma usar o caixa eletrônico, também não precisa pagar por isso. O interessante seria cancelar essa opção ou tentar mudar para outro plano mais barato”, orienta o economista.

Para quem está em dia com as contas, o especialista afirma que essas taxas podem ser até mantidas. Mas para quem quer economizar e evitar o surgimento de uma bola de neve nas finanças, uma outra dica é migrar para bancos que ofereçam as menores taxas possíveis. “Nesse caso, vale avaliar as opções de bancos virtuais que normalmente cobram taxas menores de operações ou até mesmo há isenções delas. A mesma dica é válida para os famosos cartões de crédito”, destacou.

Mesmo adotando essas práticas, é preciso manter a atenção aos gastos e, sempre que possível, revisar as contas e despesas regularmente. “Quando a gente consegue identificar de onde esses gastos menores estão vindo para eliminá-los, é possível até mesmo gerar uma reserva e consequentemente, ter uma vida financeira mais saudável”, salientou o economista.