Seu bolso

Gasolina em Belém já passa de 6 reais com novo reajuste

O reajuste ocorreu a partir de terça-feira.
Foto: Celso Rodrigues/ Diário do Pará.
O reajuste ocorreu a partir de terça-feira. Foto: Celso Rodrigues/ Diário do Pará.

 

Motoristas de Belém já começam a sentir o aumento de R$ 0,20 no preço do litro da gasolina anunciado na última segunda-feira (8) pela Petrobras, entrando em vigor a partir de terça-feira (9). O reajuste de 7,12% elevou o preço de venda da gasolina para as distribuidoras para R$ 3,01 por litro. No entanto, os custos de transporte intensificaram e o impacto nos postos de combustíveis da capital paraense foi ainda maior, com o litro da gasolina já ultrapassando os R$ 6 em diversos locais.
Em uma volta pela cidade, é possível verificar os novos preços nas bombas. Em um posto situado na rua Cesário Alvim com avenida 16 de Novembro, no bairro Cidade Velha, com bandeira Petrobras, o preço do litro da gasolina é de R$ 6,17. Em um posto Ipiranga na av. Visconde de Souza Franco com a av. Senador Lemos, no Umarizal, o preço varia entre R$ 6,15 para dinheiro, débito e pix a R$ 6,55 no crédito.
Já na av. Senador Lemos com travessa Manoel Evaristo, também Ipiranga, os valores são ainda mais altos: R$ 6,89 (dinheiro, débito e pix) e R$7,19 (crédito). No Posto Dallas Pedreira, na avenida Pedro Miranda, os motoristas encontram a gasolina a R$6,17 (dinheiro, débito e pix) e R$ 6,59 (crédito).
Para quem depende diariamente da gasolina para locomoção, a realidade do aumento nos preços dos combustíveis é refletida em insatisfação. O motorista de aplicativo Pablo Roger, de 31 anos, relatou as dificuldades que enfrenta com o novo preço. Ele, que pagava, em média, R$ 5,80 no litro da gasolina, já chegou a pagar mais de R$ 7,00.
“É um absurdo, porque o salário não aumenta e as coisas aumentam praticamente o dobro. Isso prejudica a gente que trabalha frequentemente com veículos. Trabalho das sete da manhã até às duas da tarde com minha moto, e à noite como motorista de aplicativo, então dependo realmente da gasolina“, explicou Pablo.
Para quem depende diariamente da gasolina para locomoção, a realidade do aumento nos preços dos combustíveis é refletida em insatisfação. Foto celso Rodrigues/ Diário do Pará.
O motorista Roberto da Silva, 50, compartilhou que sentiu a diferença na alta de preços. “Para o meu carro, eu pagava R$ 5,60 no litro da gasolina e agora está R$ 6,20. Isso acaba prejudicando, porque eu dependo do meu carro para fazer coisas pessoais. Moro em Mosqueiro, então sempre que preciso me deslocar, sai mais caro para mim”, desabafou.
O mototaxista José Maurício, 40, também sente o impacto no bolso. Ele mantém a tática de abastecer em diferentes postos enquanto pausa entre uma corrida, em busca da gasolina mais em conta. “Ultimamente, o preço da gasolina estava por volta de R$ 6,25 a R$ 6,30. Como cidadão, sinto que esse aumento é um absurdo, porque toda vez que a gasolina aumenta, a gente acaba pagando tudo mais caro. Fica pesado para a gente, que consome todo dia esse produto”, afirmou.
ENTENDA
 
gasolina vendida ao consumidor final, que contém 27% de etanol em sua composição, deve sofrer um impacto de R$ 0,15 por litro devido ao reajuste anunciado pela Petrobras. Contudo, o preço final nas bombas pode variar, uma vez que cada posto de combustível estabelece seu próprio valor, incluindo margens de lucro do comerciante e da distribuidora, além dos custos de transporte.
Este é o primeiro reajuste de preço da gasolina realizado pela Petrobras em 2024. A última modificação ocorreu em 21 de outubro de 2023, quando houve uma redução de 4%. Antes disso, o último aumento havia sido registrado em 16 de agosto de 2023, com um reajuste de 16%.
Texto de Even Oliveira