VENDAS

Frente das escolas é oportunidade de renda para muitas famílias

Ofertando produtos como chopp de frutas, picolés, bombons, laranjinhas, canetas, pipoca e salgadinhos, esses vendedores obtêm o sustento da família nesses espaços. Conheça algumas histórias!

Elisangela Amador, de 46 anos, ambulante no colégio estadual Lauro Sodré, no Marco. Banquinha de venda, no geral são vendas de bombons e lanches. Em escolas públicas e particulares. Onde, essas pessoas trabalham há tanto tempo nesses locais que já conhecem os estudantes e acompanham de longe a vida escolar deles.  04/04/2025. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará
Elisangela Amador, de 46 anos, ambulante no colégio estadual Lauro Sodré, no Marco. Banquinha de venda, no geral são vendas de bombons e lanches. Em escolas públicas e particulares. Onde, essas pessoas trabalham há tanto tempo nesses locais que já conhecem os estudantes e acompanham de longe a vida escolar deles. 04/04/2025. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará

Pará - Na frente de muitas escolas de Belém, os vendedores ambulantes aproveitam a movimentação dos estudantes para fazer suas vendas. Esses profissionais, que vão desde os novatos até os mais experientes, têm um objetivo em comum: obter uma renda. Eles oferecem chopp de frutas, picolés, bombons, laranjinhas, canetas, skillo, pipoca e até salgadinhos. Logo cedo, na entrada das escolas, os estudantes encontram uma variedade de opções.

Há cerca de dois anos, Elisangela Amador, de 46 anos, começou a vender chopp e bombons em frente ao Colégio Estadual Lauro Sodré, no Marco. Durante as férias escolares, ela estende suas vendas para a Ilha de Outeiro.

Elisângela compartilha que, anteriormente, trabalhava como cozinheira em uma peixaria.

“Deixei aquele emprego por conta de uma doença e acabei ficando sem trabalho até conseguir uma vaga aqui. Agora, vendo apenas chopp e bombons. As crianças adoram o meu chopp, e consigo vender tudo rapidamente. Chego todos os dias às 6h e só saio às 17h, pois a escola é em tempo integral. Durante o intervalo, eles param aqui na grade. Em média, vendo cerca de 150 chopps, que preparo todas as noites. Daqui eu tiro o meu sustento e da minha família”, conta.

Ela ainda comenta que oferece várias opções de sabores, mas o mais popular é o de Nescau. Cada unidade custa R$1,00. “Todos os sabores fazem sucesso, eu preparo com muito carinho. Tenho de goiaba, morango, coco, tapioca e maracujá, mas o campeão mesmo é o de Nescau, a criançada adora”, conta.

Edilson Santos, de 69 anos, ambulante na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Jarbas Passarinho, no Marco. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará

Edilson Santos, um vendedor ambulante de 69 anos, oferece uma variedade de sabores e vende chopp de frutas, geladinho e laranjinha em frente à Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Jarbas Passarinho, no Marco, há quase três anos. Tanto o chopp, como o geladinho e a laranjinha custam R$ 2,00.

“Estou aqui há quase três anos e gosto muito da energia da garotada. Comecei vendendo na rua e um conhecido me procurou querendo comprar chopp e perguntando os preços. Ele sugeriu que eu viesse para cá, em frente ao colégio, já que não havia vendas neste local. Deu super certo! Tenho uma boa clientela de estudantes. Sempre trago novidades; tem dias que vendo chopp, em outros geladinho e em outros laranjinha. Trago uma média de 50 produtos no meu carrinho”, afirma.

“Eu chego aqui por volta das 8h e saio às 14h. É daqui que tiro o sustento para minha família, e sou muito grato pelas coisas que conquistei através do meu trabalho. Minha esposa também me ajuda a fazer os chopps”, diz Edilson.

Já Eliel Carvalho, de 44 anos, possui uma banca de revistas ao lado da Escola Municipal Josino Viana, na Pedreira. Além de vender revistas, ele também oferece serviços de xerox e plastificação, recargas de celular, bombons e picolés a R$ 1,00. Ele conta que já trabalhou em diversas áreas, mas desde 2007 se dedica ao negócio que herdou do pai.

Eliel Carvalho, de 44 anos, banca de revista na Escola Municipal Josino Viana, na Pedreira. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará

“Já passei por várias atividades, mas entrei nesse ramo por causa do meu pai, que tinha uma banca. Depois que deixei meu antigo emprego, decidi montar a minha própria com a ajuda dele. Desde então, venho trabalhando nisso e sou muito grato pelas conquistas que tive. Com o que ganho aqui, consigo ajudar minha família, e minha esposa também colabora na produção dos picolés. É uma parceria nossa, e as crianças adoram quando eu trago os picolés”, conta.

Ele explica que o grande diferencial da sua banca é que ela funciona como uma conveniência. “Nós vendemos um pouco de tudo. Antigamente, as bancas de revistas se dedicavam apenas a revistas, mas agora precisamos nos reinventar. Essa foi a solução que encontrei para continuar vendendo, já que apenas com as revistas não estava dando certo. Mas, por exemplo, nos dias em que vendemos picolés, a garotada adora. A produção ainda não é muito grande, mas a venda é boa”, destaca.