Diego Monteiro
Uma das principais vantagens da energia solar é a redução significativa dos custos com energia elétrica no longo prazo. Em alguns casos, podendo representar algo em torno de 95%. Com o objetivo de fomentar essa economia e potencializar a sustentabilidade na Amazônia Legal, o Banco da Amazônia oferta linhas de crédito para esse fim, tanto para pessoas físicas quanto para empresas.
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a expectativa é que, no Brasil, o segmento registre crescimento anual de cerca de 23% na capacidade instalada de energia solar. Esse tipo de energia já responde por 18,2% da matriz energética brasileira e as expectativas para a Região Norte são promissoras, tanto no que se refere às residências, quanto às empresas.
“Há uma procura significativa por esse tipo de financiamento, tanto na busca de soluções sustentáveis, como na redução dos custos. Porém, existe uma demanda reprimida na Região Norte, onde o acesso a linha de crédito é mais difícil pela falta de conhecimento da população ou pelas condições de logística enfrentadas para suprimento de materiais”, afirma o presidente do Banco, Luiz Lessa.
O Banco tem atuado de modo a tornar as linhas de crédito cada vez mais acessíveis à população. Desde 2019, a instituição oferece esse tipo de financiamento, como parte da estratégia de promoção à sustentabilidade e ao incentivo do uso de fontes de energia renováveis. O Banco da Amazônia conta com várias opções de financiamento, como, por exemplo, as linhas do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO); Amazônia Empresarial Verde e o FNO-Energia Verde, direcionadas para o financiamento de projetos voltados para a implementação, aprimoramento e fortalecimento de sistemas de micro e minigeração de energia, acrescenta Luiz.
Com isso, a instituição já investiu, ao longo deste primeiro trimestre, cerca de R$ 2,7 Bilhões em operações com recursos do Fundo Constitucional do Norte, em cerca de 7.256 contratos. Desses, R$ 1,2 Bilhões foram somente para operações em suas linhas verdes, desenhadas como forma de impulsionar atividades produtivas que possuam mais alinhamento com técnicas produtivas mais sustentáveis.
Investimento
Segundo Lessa, o propósito da energia verde abrange dois aspectos importantes: “O primeiro é incentivar a produção de energia renovável para consumo interno e apoiar práticas sustentáveis no setor agropecuário. Além disso, a linha de crédito abrange a compra de veículos elétricos, híbridos ou movidos a energias renováveis, incluindo a infraestrutura de carregamento”, detalha.
O Banco da Amazônia oferece empréstimos específicos para a instalação de sistemas fotovoltaicos e para a aquisição de veículos verdes, com taxas de juros competitivas. Essas soluções de financiamento são estruturadas para serem pagas ao longo de vários anos, contando ainda com período de carência, o que torna o investimento em energia solar uma realidade para um público mais amplo.
“Compreendemos os desafios ambientais e, ao promover a energia fotovoltaica, queremos ser o principal parceiro para a redução da emissão de gases de efeito estufa. Para isso, é preciso democratizar o acesso a financiamentos permitindo que mais pessoas e empreendedores adotem práticas sustentáveis, impulsionando o desenvolvimento econômico de maneira responsável”, pontua o presidente.
Os empreendedores que contratam o financiamento desfrutam de dois resultados diretos, como: contribuição para a sustentabilidade e redução de custos com energia, que é um dos principais no ambiente comercial ou industrial. Além disso, existem outros resultados importantes, como a geração de emprego e renda, contribuição com o clima, melhoria da qualidade de vida, dentre outros. “Além do ganho monetário, há um significativo ganho de imagem. Em tempos em que o ESG (Environmental, Social, and Governance) se torna um pilar estratégico importante para o ambiente de negócios, adotar práticas sustentáveis posiciona a empresa como ambientalmente responsável e comprometida com a qualidade de vida da população”, concluiu Lessa.
Como contratar
O acesso ao crédito, tanto para projetos rurais quanto urbanos, foi simplificado e facilitado pelo Banco. Os clientes podem realizar simulações por meio do aplicativo “Simulador de crédito FNO”, do Banco da Amazônia. No caso de projetos rurais, o benefício inclui um prazo de pagamento de até 12 anos, com carência de até quatro anos incluída nesse período, e taxas de juros a partir de 6,82% ao ano.
Já para áreas urbanas, tanto para pessoas físicas quanto para empresas, o prazo vai até dez anos, com taxas de juros a partir de 8,66% ao ano. Além disso, os clientes têm a oportunidade de financiar até 100% do valor do projeto. Para ambos os casos, o processo para contratação é relativamente simples e envolve algumas etapas que precisam ser seguidas, como:
Apresentação de documentos para cadastro;
Abertura de conta;
Aprovação de limite de crédito com base em avaliação de risco;
Apresentação de projeto técnico;
Avaliação de viabilidade econômica e ambiental;
Capacidade de pagamento;
Contratação e liberação do crédito.
Público-alvo
Pessoas físicas;
Pessoa jurídica.
Para esses públicos, o Banco da Amazônia abrange tanto os localizados na cidade quanto no campo, atendendo empresas de todos os portes, com prioridade e condições especiais para os pequenos e médios. Vale ressaltar que o banco atende desde microempreendedores até grandes indústrias, oferecendo prazos e taxas especiais em comparação com outras instituições financeiras.