SETEMBRO AMARELO

Dívidas afetam a saúde: 3 dicas para organizar suas finanças

Estudo revela que 82% dos inadimplentes sentem impactos emocionais após atrasos nos pagamentos

Dívidas afetam a saúde: 3 dicas para organizar suas finanças

Com o aumento dos níveis de endividamento — mais de 72 milhões de brasileiros estavam com dívidas em julho, segundo o Mapa da Inadimplência do Serasa —, compreender como essa carga financeira afeta o bem-estar psicológico torna-se essencial. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo SPC revelou que 82% dos inadimplentes experimentaram impactos negativos na saúde física e mental após atrasar pagamentos. O estudo também apontou que 66% dos entrevistados relataram dificuldade para dormir, 60% sentiram menos motivação para sair, 51% apresentaram alterações no apetite, e 26% recorreram a compras impulsivas como forma de escape.

Organizar as finanças não só beneficia o bolso, mas também melhora a saúde mental e emocional da família. Thaíne Clemente, executiva de Estratégias e Operações da Simplic, uma fintech de crédito pessoal 100% online, destaca que “planejamento e organização proporcionam qualidade de vida e segurança, fatores fundamentais para uma mente tranquila”. Ela sugere três passos para iniciar uma rotina financeira mais saudável e alcançar maior tranquilidade:

  1. Anote seus gastos: Registre todas as despesas, desde contas fixas como água e luz até compras ocasionais. Usar uma planilha de gastos ou um aplicativo de finanças ajuda a criar o hábito de registrar, essencial para o controle financeiro. Thaíne explica: “Anotar permite enxergar o tamanho real das despesas e entender onde e como o dinheiro está sendo gasto, identificando desperdícios e maneiras de reduzi-los”.
  2. Reavalie o uso do cartão de crédito: Embora o cartão de crédito ofereça vantagens como parcelamento e prazos mais longos, seu uso indiscriminado pode levar a problemas financeiros. Thaíne recomenda: “O uso do cartão deve ser inteligente e planejado no orçamento pessoal. Avalie se é vantajoso usá-lo frequentemente, pois as parcelas podem se acumular e sair do controle. Lembre-se de que crédito não é renda extra e, se não for utilizado com cautela, pode gerar dívidas indesejadas”.
  3. Estude educação financeira: Adquirir conhecimentos sobre finanças pessoais é acessível e traz benefícios a longo prazo. “Manter-se informado sobre práticas financeiras pode fazer uma grande diferença com o tempo. Saber poupar, usar o cartão de crédito de forma adequada e identificar o momento certo para solicitar um empréstimo ou investir são habilidades valiosas que se tornam hábitos com o tempo”, finaliza Thaíne.