Frutas como o abacate e a acerola, antes mais acessíveis, agora fazem diferença no bolso do consumidor, enquanto outras, como a banana e o mamão, ainda mantêm preços mais estáveis.
No box 204, na Feira da Pedreira, uma das mais tradicionais da capital, Mauri Ferreira dos Santos, 48 anos, feirante há mais de duas décadas, explica que as flutuações de preço ocorrem de forma frequente. “O que está mais em conta é o mamão, na faixa dos 10 reais o quilo. Já o abacate subiu muito, agora está em R$20 o quilo. O preço aumentou estupidamente, e isso afeta as vendas”, afirma.
Ele observa que os consumidores ficam mais atentos aos preços, e até 50 centavos a menos podem fazer diferença. “A feira ainda oferece produtos de qualidade, mas o preço tem afastado algumas pessoas”, completa.
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Nildo Moreira, 46, outro feirante veterano da Pedreira, no box 43, destaca que o aumento nos preços é uma tendência típica durante a entressafra, quando os preços sobem por causa da menor oferta. “Mesmo com os preços altos, fazemos de tudo para que o cliente não fique sem o produto. Muitas vezes, vendemos metade do abacate para que a pessoa possa levar algo para casa”, relata.
Os vegetais também sofrem com as altas de preço. Mauri lista a cenoura (R$8/kg), o tomate (R$10/kg), a cebola (R$10/kg), repolho (R$10/kg) – antes custava entre R$6 e R$7 o quilo, e o brócolis (R$20 a unidade) como alguns dos itens mais caros. “Esses aumentos fazem diferença, porque o consumidor acaba levando menos ou substituindo por outras opções”, diz ele.
Nildo aponta que a cebola e a batata estão na casa dos 10 reais o quilo, enquanto verduras como o cheiro-verde (R$3 o maço), couve (R$3 o maço) e pepino (R$3 a unidade) permanecem estáveis, assim como a alface hidropônica (R$5 o maço).
