O mercado pet no Brasil está em franca expansão — e pode ser uma excelente fonte de renda para quem deseja empreender ou conquistar uma grana extra. Com o aumento da adoção de animais durante e após a pandemia, cresce também a demanda por serviços personalizados, cuidados diários e produtos naturais para gatos.
Segundo o Instituto Pet Brasil (IPB), o setor movimentou R$ 68,7 bilhões em 2023, um crescimento de 9,6% em relação ao ano anterior. O Brasil é o terceiro maior mercado pet do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da China. A tendência é de crescimento contínuo, impulsionada pela humanização dos animais de estimação — considerados cada vez mais membros da família.
Serviços que qualquer pessoa pode oferecer
1. Dog walker (passeador de cães)
Com a rotina acelerada das famílias, muitos donos não conseguem levar os pets para passear todos os dias. Um passeador pode cobrar entre R$ 20 a R$ 50 por passeio de 30 a 60 minutos, dependendo da região e da quantidade de cães. Ter empatia, condicionamento físico e paciência é essencial.
Dica: ofereça planos mensais com desconto para fidelizar clientes.
2. Pet sitter (cuidador de animais)
O pet sitter cuida dos animais na casa do próprio tutor quando ele viaja ou precisa se ausentar. O serviço costuma incluir alimentação, troca de água, limpeza do ambiente e até envio de fotos. A diária pode variar entre R$ 50 e R$ 120.
📌 Atenção: sempre assine um contrato com o tutor e mantenha registros da rotina dos animais.
3. Produção e venda de petiscos naturais
A alimentação saudável também chegou ao universo animal. Petiscos caseiros, feitos com ingredientes naturais (como frango, batata-doce e cenoura), são altamente procurados. É possível vender kits sob encomenda, com preços a partir de R$ 10 a R$ 30 por embalagem.
⚠️ Consulte um veterinário nutricionista para garantir fórmulas seguras e adequadas.
Cuidados legais: é preciso formalizar?
Sim, principalmente para quem pretende profissionalizar o serviço. A formalização como Microempreendedor Individual (MEI) permite emitir notas fiscais, pagar tributos reduzidos e ter acesso à previdência. No portal do Governo Federal, o CNAE mais indicado é o “Serviços para animais domésticos” (96092-2/01).
Também é importante:
- Manter cadastro atualizado com os clientes.
- Estudar noções básicas de bem-estar animal.
- Garantir condições seguras de transporte e manuseio.
Como divulgar seus serviços?
A divulgação é essencial para atrair clientes, especialmente em áreas residenciais. Veja algumas estratégias que funcionam bem:
- Crie um perfil profissional nas redes sociais (Instagram, Facebook, TikTok), com fotos e vídeos reais dos pets atendidos (com permissão dos donos).
- Anuncie em grupos de bairro e condomínios.
- Use o Google Meu Negócio para marcar presença local.
- Distribua cartões e panfletos em clínicas veterinárias e pet shops parceiros.
- Ofereça descontos de indicação e programas de fidelidade.
Vale a pena? Entenda a lucratividade
A margem de lucro pode ser alta, especialmente em serviços com baixa estrutura inicial. Um pet sitter que atende três clientes por semana, por exemplo, pode faturar cerca de R$ 1.200 a R$ 2.000/mês com baixa despesa operacional. Já quem produz petiscos naturais pode ter lucro líquido de até 40% sobre o valor de venda, dependendo dos custos com ingredientes e embalagens.
Segundo a Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação), a expectativa para 2025 é de que o setor pet ultrapasse R$ 75 bilhões em faturamento — o que mostra o alto potencial de crescimento para pequenos negócios.
Empreender com pets pode ser não só rentável, mas também prazeroso para quem ama os animais. Com planejamento, capacitação e boas práticas de divulgação, é possível transformar cuidados e carinho em uma fonte sustentável de renda.