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Como identificar e eliminar gastos desnecessários

 O cartão clonado é um dos golpes mais comuns e preocupantes na era digital, afetando milhares de pessoas todos os anos.
 FOTO: IRENE ALMEIDA
O cartão clonado é um dos golpes mais comuns e preocupantes na era digital, afetando milhares de pessoas todos os anos. FOTO: IRENE ALMEIDA

A roupa da promoção, a corrida do Uber, o almoço delivery, o happy hour depois do trabalho são exemplos de despesas que parecem inofensivas, mas em excesso podem se tornar os principais vilões das finanças domésticas. Ao desequilibrar as contas, atrapalham os planos de juntar dinheiro e podem até levar ao endividamento.

Alcançar o equilíbrio financeiro e manter uma relação saudável com o próprio dinheiro não significa ter de se privar de pequenos prazeres. Basta aprender a controlar a maior parte dos gastos e não deixar que compras inesperadas tomem conta de todo o orçamento, impedindo outras formas de usá-lo.

Com os devidos ajustes, é possível cortar gastos desnecessários sem tanto sofrimento e usar esta parcela para juntar dinheiro e fugir do vermelho.

Para evitar que os gastos desnecessários virem rotina, é preciso ter organização e disposição para saber o quanto entra e sai da conta todos os dias.

Confira 6 dicas práticas para uma vida financeira mais equilibrada.

  1. Faça uma lista com suas despesas

    Muitas vezes, os gastos desnecessários são invisíveis. Parecem despesas inexpressivas mas no final acabam consumindo boa parte do salário. O primeiro passo, então, é identificar quais são eles.

    Para isso, faça uma lista com todas as despesas de um mês. Procure não deixar nada de fora, nem mesmo os gastos fixos que podem passar despercebidos por estar vinculados a débito em conta.

    Leia também | Gastos mensais: entenda como organizá-los de uma vez por todas

     

  2. Identifique o que é prioridade e o que é gasto desnecessário

    Depois de fazer uma lista com todas as despesas mensais, selecione tudo em três categorias: o que é essencial (aquilo que é “intocável”, que não tem como mudar), o que é possível reduzir e o que pode ser eliminado (nem que seja temporariamente).

    Contas fixas, como aluguel, condomínio e plano de saúde, por exemplo, nem sempre podem ter seu valor negociado, então fariam parte da lista dos “intocáveis”.

    A conta de luz e de água podem ser reduzidas com medidas de contenção. Por fim, despesas supérfluas, como Uber, iFood e assinaturas de diferentes pacotes de streaming podem ser eliminadas por completo, nem que seja de forma temporária.

    Quem consegue identificar isso na lista pode se surpreender com o tamanho do impacto desses gastos no orçamento.

     

  3. Defina um limite de gastos para compras supérfluas

    Fugir dos gastos desnecessários não precisa ser sinônimo de privação de lazer e consumo. Em vez disso, procure definir um limite financeiro para essas despesas, de forma a evitar que elas saiam do controle e tragam prejuízo no fim do mês.

    Portanto, primeiro procure avaliar o quanto as despesas fixas representam no salário e, a partir do montante que sobrar, estabeleça uma porcentagem para incluir esses gastos.

  4. Utilize o cartão de crédito com consciência

    O cartão de crédito é uma excelente ferramenta para a economia doméstica, mas pode também trazer problemas quando não é bem gerido no dia a dia. Isso porque muitos dos gastos desnecessários são parcelados no cartão de crédito, e, sem controle, a soma dessas parcelas pode ultrapassar a capacidade de pagamento do usuário.

    Se esse for o caso, evite sair de casa com o cartão ou, então, diminua o limite para deixá-lo mais proporcional à situação financeira do momento. Isso pode ajudar a evitar gastos excessivos por esse meio de pagamento.

     

  5. Evite pagar juros

    Os juros podem atrapalhar o orçamento doméstico. O limite do cheque especial e o do crédito rotativo do cartão, por exemplo, estão entre os mais altos do mercado. Podem consumir uma parcela considerável do salário sem que a pessoa se dê conta disso.

    Para evitar esses gastos desnecessários, procure avaliar se esse é seu caso atual e o quanto os juros estão consumindo do orçamento mensal. Se for o caso, renegocie dívidas, busque alternativas de crédito com taxas mais baixas e, sempre que possível, priorize o pagamento à vista.

     

  6. Pague as contas em dia

    Pagar as contas sempre em dia ou antecipadamente ajuda diminui gastos desnecessários com juros e multas que podem se acumular. Por isso, anote sempre as datas de pagamento e, se for difícil manter a organização, procure agendar os pagamentos com antecedência e programar o débito automático para as principais contas.

Fonte: Serasa