PASSO A PASSO

Comece o ano novo abrindo seu próprio negócio como MEI

Descubra como abrir sua empresa em 2025 e se tornar um MEI. Saiba como definir um plano de negócios e conhecer as opções de regime tributário.

O DIÁRIO conta a história de empreendedores que aproveitaram seus talentos para formalizar a microempresa. Especialista explica o que é preciso fazer para começar
O DIÁRIO conta a história de empreendedores que aproveitaram seus talentos para formalizar a microempresa. Especialista explica o que é preciso fazer para começar. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará

Se abrir uma empresa está entre uma de suas metas em 2025, buscar orientação, formalizar e profissionalizar o seu negócio são alguns dos passos fundamentais durante esse processo. Nilberto Macedo, coordenador da Agência Metropolitana do Sebrae do Pará, orienta que antes de se tornar um Microempreendedor Individual (MEI), definir o plano de negócios é essencial.

De acordo com o coordenador, o plano de negócios é uma ferramenta indispensável que vai mapear com precisão o mercado, o produto e o público alvo do negócio.

“É uma ferramenta que vai fazer com que o microempreendedor saiba trabalhar bem os fornecedores, criar campanhas, ter um panorama de faturamento e despesas para que a empresa sobreviva durante o período inicial. O plano de negócios pode dar essa visão”, ressalta.

Segundo Nilberto Macedo, o Sebrae possui uma rede de credenciados e os estimulam com cursos, palestras e consultorias aos empreendedores que chegam nas agências. Além disso, o coordenador pontua que é fundamental definir e conhecer as opções de regime de tributação para a microempresa.

A partir dessas orientações e definições, ao se tornar MEI, o coordenador regional destaca a necessidade de frequente atualização e conhecimento de mercado para se posicionar estrategicamente dentro dele. “Uma das grandes dificuldades do microempreendedor é verificar se o mercado em que ele está investindo está em alta, então recomendamos a modelagem de negócio, onde será feito um planejamento de posicionamento, se o produto está acompanhando as tendências. O empreendedor volta a entender a cabeça do cliente”, afirma.

SUPORTE

A microempreendedora Maria de Nasaré Barbosa se tornou MEI em 2011, à frente da microempresa Maria’s Encantos, que atua com serviços de buffet e eventos em geral. Contudo, a história de empreendedorismo começou em 2004, quando Maria e sua falecida irmã, Sonia Maria Barbosa, se encontravam em uma situação difícil financeiramente e decidiram aceitar encomendas de doces, bolos e salgados para faturar um dinheiro extra.

“Nossos primeiros clientes foram amigos que encomendaram para festas de aniversários, buffet. Começamos a comprar as coisas aos poucos e na propaganda boca a boca, ficamos bastante conhecidas”, destaca.

Em 2011, a decisão de se tornar MEI surgiu do desejo de ter um amparo social e começar a profissionalizar a empresa. “O Sebrae me ajudou muito com isso. Depois também comecei a fazer cursos de capacitação, participar de feiras e fui ganhando visibilidade e fazendo networking. Também aprendi sobre a importância das redes sociais para alavancar as vendas, ainda não sei muito, mas estou aprendendo”, disse.

Formado em arquitetura, desde 2020, o artesão Matinno, 27, decidiu trabalhar com o artesanato de peças de cerâmica autorais, após o escritório em que trabalhava fechar em função da pandemia. Àquela época, ele conta que precisava se sustentar e manter o aluguel em dia. “Aproveitei a veia artística e surgiu a possibilidade de trabalhar com isso. Lembro que divulguei as peças no meu instagram e vendi 100 peças no primeiro mês”, comenta.

Formado em arquitetura, desde 2020, o artesão Matinno, 27, decidiu trabalhar com o artesanato de peças de cerâmica autorais, após o escritório em que trabalhava fechar em função da pandemia. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará

A partir dali, Matinno contatou o Sebrae para adquirir orientações de como aprimorar o trabalho e seus produtos. “Não quis ficar só como hobbie. No final de 2020 mesmo me tornei MEI, até porque empresas estavam me contatando para encomendar peças, pediam CNPJ, orçamento com nota fiscal e eu precisa do MEI”, pondera.

Hoje, o microempreendedor possui uma olaria no Distrito de Icoaraci e o ateliê para finalização das peças no bairro da Cidade Velha. “Antes minha intenção era participar de feiras. Hoje trabalho como fornecedor, as empresas me procuram, encomendam. Acho que ser MEI me possibilitou montar esses dois espaços e organizar o trabalho e a produção”, destaca.

SERVIÇO: 

Instagram: @mariasencantos 

Instagram: @m4tinno / Site: www.matinoestudio.com 

Documentos necessários para abertura de MEI: 

  • Dados pessoais: RG, Título de Eleitor ou Declaração de Imposto de Renda, dados de contato e endereço residencial.
  • Dados do seu negócio: tipo de atividade econômica realizada, forma de atuação e local onde o negócio é realizado.