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Cartão de crédito: saiba o que não fazer para evitar endividamento

Em cruzada contra as bets, varejo se reúne com Alckmin e pede fim imediato do cartão de crédito nas apostas FOTO: IRENE ALMEIDA
Em cruzada contra as bets, varejo se reúne com Alckmin e pede fim imediato do cartão de crédito nas apostas FOTO: IRENE ALMEIDA

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As taxas de juros do cartão de crédito continua sendo motivo de preocupação para os consumidores, apesar de uma pequena redução de 1,8 ponto percentual no mês de junho. Segundo a publicação Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgada pelo Banco Central (BC), as taxas de juros têm demonstrado comportamentos oscilantes e preocupantes para o endividamento das famílias.

Em um período de 12 meses, as taxas do cartão de crédito para pessoa física acumulam um crescimento alarmante de 25,5 pontos percentuais, alcançando 104,2% ao ano. No crédito rotativo, modalidade que ocorre quando o consumidor paga menos que o valor integral da fatura do cartão, houve uma queda de 16,7 pontos percentuais de maio para junho, porém, aumentou alarmantes 66,9 pontos percentuais em 12 meses, atingindo exorbitantes 437,3% ao ano.

O parcelamento da dívida após os 30 dias do crédito rotativo também tem mostrado tendência de alta, com um aumento de 1,9 ponto percentual no mês e 22,9 pontos percentuais em 12 meses, totalizando 196,1% ao ano. Já os juros do cheque especial apresentaram uma alta de 2,9 pontos percentuais no mês e 4,4 pontos percentuais em 12 meses, alcançando 133,6% ao ano.

Já os juros do cheque especial apresentaram uma alta de 2,9 pontos percentuais no mês e 4,4 pontos percentuais em 12 meses, alcançando 133,6% ao ano. Enquanto a taxa do crédito consignado teve um pequeno aumento de 0,1 ponto percentual no mês e de 1,2 ponto percentual em 12 meses, atingindo 25,9% ao ano, no caso do crédito pessoal não consignado, os juros caíram 0,3 ponto percentual em junho, mas ainda registraram crescimento de 3,8 pontos percentuais em 12 meses, chegando a 91,2% ao ano.

A inadimplência, considerando atrasos acima de 90 dias, tem se mantido relativamente estável, registrando 3,6% em junho. Para operações com pessoas físicas, esse índice está em 4,2%, enquanto para pessoas jurídicas, em 2,5%.

Quanto ao endividamento das famílias, é importante destacar que houve um crescimento de 0,2% em maio, mas uma queda de 1% em 12 meses, totalizando 48,8% em relação à renda acumulada no período de um ano. Ao excluir o financiamento imobiliário, que representa uma parte significativa da renda, o endividamento cai para 31% no mesmo período.

Diante do atual cenário econômico, é importante destacar que a taxa básica de juros, a Selic, está em seu maior nível desde janeiro de 2017, em 13,75% ao ano. Apesar da expectativa de redução da Selic, os juros bancários médios continuam altos, resultando em um crédito mais caro para a população.

Especialistas alertam que é essencial usar o cartão de crédito com consciência para evitar pagar juros ainda mais altos do que os aplicados nessa modalidade. Por isso, é fundamental que os consumidores evitem o pagamento mínimo da fatura, já que o crédito rotativo possui juros exorbitantes. Optar por parcelamentos com juros mais baixos também é uma alternativa para evitar endividamentos desnecessários.