O Dieese Pará divulgou uma pesquisa que aponta alta contínua no preço do quilo do café em Belém. De acordo com o levantamento, entre os 12 itens da cesta básica analisados, o café foi o único que apresentou aumento no preço. Em um ano, entre junho de 2024 e junho de 2025, o produto registrou alta de 83,24%, passando de R$ 41,16 para R$ 75,42 o quilo. Apenas nos primeiros seis meses de 2025, o aumento foi de 50%, com o preço saltando de R$ 54,57 para R$ 75,42.
O café é vendido, em geral, em pacotes de 250g, e os preços variam entre R$ 15 e R$ 20 nas principais marcas no sabor tradicional. O valor elevado tem pesado no bolso de consumidores fiéis. Aldenora Pinheiro, 69 anos, e Luiz Pinheiro, 71, casados há décadas e apaixonados pela bebida, afirmam que consomem cerca de cinco pacotes por semana. “Estamos gastando mais de R$ 100 por semana. Está muito caro”, reclama Aldenora. “Essa é a bebida predileta do brasileiro. Mesmo caro, não dá pra faltar”, reforça Luiz.
A administradora Regiane Caldas, 42, também sente no bolso o impacto da alta. “Está muito, muito caro mesmo. A gente tenta pesquisar, mas em quase todo lugar o preço é o mesmo”, afirma. Ela conta que consome dois pacotes por semana e que precisou mudar de marca para economizar. “Eu prefiro o Pilão, mas vou levar o Kimimo. Não é a minha preferência, mas por conta do valor vou levar esse”, diz.
Já a empregada doméstica Célia Lopes, 47, foi ao supermercado com o único objetivo de comprar café, após pesquisar preços mais altos em outros locais. “No mercadinho eu encontrei o Pilão por R$ 25. Aqui está mais em conta, mas mesmo assim não dá pra levar esse. Vou experimentar um novo”, afirma. Ela optou pelo Café Aroma, por R$ 13.
Preços do café tradicional (pacote de 250g):
• Santa Clara – R$ 19,69
• Pilão – R$ 19,29
• 3 Corações – R$ 18,95
• Melitta – R$ 17,29
• Kimimo – R$ 17,29
• Diário – R$ 14,55