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Café segue pesado no bolso dos paraenses apesar de queda nos preços

A pesquisa mostra que, no ano passado, o quilo custava em média R$ 43,83. Em dezembro, já estava em R$ 50,02 e, em janeiro deste ano, passou para R$ 54,57.

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O preço do café caiu pelo segundo mês consecutivo em Belém, mas ainda permanece entre os itens mais caros da cesta básica, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA). Em agosto, o quilo foi comercializado em média a R$ 71,05, valor que representa queda de 2,52% em relação a julho.

Apesar do recuo, o produto acumula alta de 42,04% em 2025 e 62,10% nos últimos 12 meses, índices bem acima da inflação no período — estimada em 3% no acumulado do ano e 5% em relação a agosto de 2024.

A pesquisa mostra que, no ano passado, o quilo custava em média R$ 43,83. Em dezembro, já estava em R$ 50,02 e, em janeiro deste ano, passou para R$ 54,57. O valor chegou ao pico de R$ 72,89 em julho, antes da leve redução registrada em agosto.

O supervisor técnico do DIEESE/PA, Everson Costa, alerta que o alívio pode ser passageiro. Ele explica que os efeitos climáticos podem reduzir a safra brasileira, encarecendo o produto, enquanto a alta demanda internacional, especialmente da Europa, tende a pressionar ainda mais os preços.

Mesmo com a retração recente, o custo da cesta básica em Belém segue elevado: em agosto, alcançou R$ 696,23, consumindo quase metade do salário mínimo de R$ 1.518,00.

Para os consumidores paraenses, a esperança é de que a produção nacional consiga aumentar a oferta e evitar novos reajustes no café, um dos itens mais tradicionais da mesa brasileira.