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Azul aceita pagamento de passagens com o FGTS

Trabalhadores com recursos no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) poderão usar parte do saldo das contas na compra de passagens aéreas da Azul
Trabalhadores com recursos no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) poderão usar parte do saldo das contas na compra de passagens aéreas da Azul

Leticia Lopes

RIO (AG) – Trabalhadores com recursos no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) poderão usar parte do saldo das contas na compra de passagens aéreas da Azul. Na prática, a companhia – em uma parceria com o banco Digio, braço digital do Bradesco -, oferece acesso a uma linha de crédito que antecipa até dez parcelas da retirada anual para a compra de bilhetes aéreos, ou seja, dez anos do saque-aniversário. A taxa de juros é a partir de 1,29% ao mês.

A nova opção de pagamento foi lançada nesta quinta-feira, e vale exclusivamente para compras feitas no aplicativo.

Além disso, há outras restrições. O uso dos recursos do FGTS só vale para a compra de passagens nacionais e de, no mínimo, R$ 400, com as taxas. Já o valor máximo dos bilhetes depende do saldo que o trabalhador tem disponível nas contas do Fundo.

Outro ponto é que a compra só pode ter um passageiro, que deve ser o titular da conta do Fundo de Garantia, e é preciso haver intervalo maior que 28 dias entre a data da compra e a data da viagem.

Para usar o saldo do Fundo de Garantia, o consumidor precisa primeiro aderir ao saque-aniversário e autorizar que o banco Digio acesse as informações. Essas duas operações acontecem no aplicativo do FGTS ou em uma agência da Caixa Econômica Federal, que opera o Fundo.

Para ter o valor disponível no mesmo ano, o trabalhador deve optar pela retirada anual até o último dia do mês de nascimento. Por isso, na Azul, a data da compra da passagem com recursos do FGTS não pode estar dentro dos 30 dias corridos que antecedem o 1º dia do mês do aniversário do cliente.

Após a solicitação de pagamento, dentro da plataforma da Azul, o processo passa por uma análise de até 24 horas pela Caixa. Caso o banco estatal recuse a operação, o consumidor tem 12 horas para efetuar a compra com outra forma de pagamento, como cartão de crédito ou Pix. Após esse prazo, a reserva será cancelada.

Ao optar por essa modalidade, o cliente não fica com parcelas mensais ou dívidas a pagar, já que o valor é descontado do saldo do Fundo. Esta é a primeira vez que uma companhia aérea aposta no uso do FGTS para a venda de passagens, mas outras empresas de turismo já aderiram à iniciativa. No fim de 2023, a CVC lançou a venda de pacotes de viagens com recursos do Fundo, com juros de 1,99% ao mês.