O fascínio por mudar de vida com um único bilhete leva milhões de brasileiros a apostarem na loteria, apesar das chances serem, segundo especialistas, de 01 em 50 milhões. Com o sorteio da 13ª edição da Lotofácil da Independência se aproximando (dia 9 de setembro), a corrida para garantir um lugar entre os possíveis vencedores já começou. O prêmio, estimado em R$ 200 milhões faz sonhar tanto apostadores experientes quanto aqueles que só se arriscam ocasionalmente.
Na tarde de ontem (04), em uma lotérica localizada na avenida Conselheiro Furtado, no bairro do Guamá, em Belém, o aposentado Ademir Pires, 69 anos, tirou um tempo para realizar os jogos da Quina, e para alimentar a esperança de um futuro diferente com a Lotofácil da Independência.
Ele conta que participa de jogos de loteria há cerca de cinco anos, e que já teve alguns sucessos, como um prêmio de mais de R$ 1.000 na Lotofácil. “Sempre jogo os mesmos números, são aniversários e datas especiais. E se eu ganhar esses R$ 200 milhões, vai ser uma felicidade só; vou dividir com minha família e depois curtir a vida”, expressa.
O próximo sorteio da Lotofácil é na segunda-feira e as apostas vão até as 18h do mesmo dia. Uma aposta simples, com 15 dezenas, custa R$3. Para quem deseja aumentar as chances, é possível escolher até 20 números, com valores que chegam a R$46,5 mil. Segundo a atendente da lotérica, Olga Correa, 44, a procura pelo concurso especial é intensa.
“Estamos fazendo mais de mil apostas por dia só para a Lotofácil da Independência. E 80% dos clientes preferem a ‘surpresinha’ ou bolões, mas outros já chegam com os números escolhidos”, revela.
A estratégia de cada jogador é única e muitas vezes baseada em superstições. Paulo Rodrigues, 56, auxiliar de serviços gerais, é um apostador que admite jogar mais por diversão do que por estratégia, onde as escolhas dos números são feitas apenas quando está na casa lotérica.
“Quando venho na lotérica, escolho os números que vêm na cabeça aleatoriamente. Já faz anos que aposto, mas nunca ganhei nada grande. Se eu ganhar os R$200 milhões, vou parar para pensar no que fazer. Acho que seria uma mudança de vida completa”, reflete.
Raquel Guimarães, 37, atendente de uma loteria localizada no subsolo de um supermercado na avenida José Bonifácio, bairro do Marco, confirma que o movimento em torno dos concursos especiais sempre aumenta significativamente próximo da data.
E enquanto o próximo milionário não é revelado, “seja qual for a escolha, o desejo de acertar os números e mudar de vida é o que mantém o sonho vivo para os nossos apostadores. Aqui, inclusive, já tivemos ganhadores de um bolão há mais ou menos 4 meses”, diz.
“Muitas pessoas já têm seus números prontos, mas há quem prefira apostar na sorte com nossos recursos da casa. Nesses últimos dias, temos visto uma grande procura, principalmente pela Lotofácil da Independência, mas a Mega e Quina são grandes opções”, acrescenta Raquel.