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Apenas 39% dos pais brasileiros têm o hábito de dar mesada aos filhos

O percentual de pais que conversam com os filhos sobre finanças mostra que há uma mudança no comportamento cultural das famílias ao longo das décadas.
O percentual de pais que conversam com os filhos sobre finanças mostra que há uma mudança no comportamento cultural das famílias ao longo das décadas.

 

  • Pesquisa inédita produzida pela Serasa para marcar o Dia das Crianças revela como é o comportamento financeiro praticado entre pais e filhos;
  • Oito em cada 10 pais dizem conversar com seus filhos a respeito de educação financeira;
  • “Produtos caros ou baratos” e “O que é possível ou não comprar” são os temas que costumam dominar a conversa sobre finanças entre família;
  • 72% dos pais não fazem investimento ou poupança que contribua para o futuro dos filhos;
  • Tíquete médio de mesada no Brasil não ultrapassa os R$ 100; 53% dos pais, porém, conseguem dar mesada de até R$ 60;
  • Objetivo principal da mesada costuma ser para pagar o lanche na escola (33%) e ensinar as crianças a economizar (32%).

 

Embora seja uma ferramenta de educação financeira conhecida entre as famílias brasileiras, 61% dos pais não proporcionam mesada aos filhos. É o que aponta a pesquisa “Finanças para os Filhos: Dinheiro é Coisa de Adulto?”, realizada pela Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box, para marcar a passagem do Dia das Crianças, celebrado em 12 de outubro.

Entre os pais que dão mesada aos filhos, o costume é maior para a faixa de crianças de 6 a 11 anos (54%), seguido pela faixa etária de 15 a 18 anos (45%). A maioria dos genitores adota a tradicional frequência mensal (62%).

O valor médio da mesada no Brasil é de até R$ 100 – valor concedido por 74% dos pais entrevistados. Essa quantia é destinada, principalmente, para comprar lanche na escola (33%) e para ensiná-los a poupar para o futuro (32%).

A segunda intenção pode ser relevante para as crianças, pois os próprios adultos não têm esse comportamento na prática. Isso porque 72% dos pais não fazem qualquer tipo de investimento ou poupança para os filhos atualmente. E mesmo entre os genitores que têm esse hábito, 50% admitem não ter uma conta específica para a finalidade, realizando a ação dentro da sua própria conta bancária.

Um dado curioso do estudo é que 72% dos pais dizem não conhecer soluções financeiras voltadas para crianças e adolescentes. Dentre os que afirmam ter informações, os serviços que têm algum destaque são a Conta Digital Kids do Banco Inter (8%), o Cartão Adicional Mesada da Caixa Federal (5%) e o Nextjoy do Banco Next (4%).

 

Mudança de mentalidade

A falta de tato para abordar finanças ainda na infância pode estar relacionada a um comportamento cultural, pois 56% dos pais não lembram de, quando crianças, terem conversado com seus pais a respeito de finanças. Esse indicador se sobressai entre as mulheres (65%) e nas classes D e E (64%).

Mas esse cenário parece estar mudando. Oito em cada 10 pais dizem conversar com os filhos a respeito do tema. Entre eles, 24% começam a abordá-lo quando as crianças têm até 5 anos e 23% com os pequenos na faixa de 6 a 8 anos. A introdução da educação financeira e finanças pessoais ocorre principalmente quando esclarecem “quais produtos são caros ou baratos ou o que é possível ou não comprar” (41%), seguido por “mostrar a importância de guardar dinheiro” (40%).

O conteúdo da pesquisa faz parte da série “Serasa Comportamento”, ação que divulga mensalmente, por intermédio de uma live, estudos e análises a respeito da relação que a população mantém com o dinheiro.