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Alô, papais! Vejam quando e como falar sobre dinheiro com as crianças

O percentual de pais que conversam com os filhos sobre finanças mostra que há uma mudança no comportamento cultural das famílias ao longo das décadas.
O percentual de pais que conversam com os filhos sobre finanças mostra que há uma mudança no comportamento cultural das famílias ao longo das décadas.

Os pais estão conversando cada vez mais sobre educação financeira com os filhos. É o que revela a pesquisa “Finanças para os filhos: dinheiro é coisa de adulto?”, realizada pela Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box. A pesquisa, publicada em outubro de 2023, aborda o tema “finanças para crianças” e revela que 8 em cada 10 pais conversam sobre o assunto com eles.

Esse dado mostra que falar de dinheiro com os filhos tem deixado de ser um tabu. Confira neste artigo mais dados da pesquisa e as razões pelas quais é importante tratar de temas financeiros com as crianças.

Finanças para os filhos: dinheiro é coisa de adulto?

Entre o grupo de adultos que afirmam conversar com os filhos sobre finanças, 24% dizem que a abordagem começou quando as crianças tinham até 5 anos. Outros 23% afirmam que tiveram a primeira conversa quando os filhos estavam na faixa de 6 a 8 anos.

A introdução do tema na vida dos pequenos começa com discussões a respeito de situações práticas do dia a dia, principalmente quando esclarecem quais produtos são caros ou baratos e o que é possível comprar ou não com o dinheiro (41%), e quando mostram a importância de guardar dinheiro (34%).

Como introduzir o tema em casa

Para Thiago Godoy, educador financeiro, dono do perfil no Instagram @papaifinanceiro e autor do best-seller “Emoções financeiras”, não basta falar de finanças com as crianças; é preciso saber como fazer isso. “Abordar o tema de forma caótica, com brigas e sem explicar o contexto é tão ruim ou pior que não tocar no assunto. Apesar de ser um assunto difícil, é preciso trazê-lo da forma mais leve possível”, afirma.

Segundo o educador financeiro, a criança tem sim condições de entender a origem e o porquê do dinheiro, mas os pais precisam ter paciência para explicar e colocar o conhecimento em prática na rotina da família.

Não há uma fórmula pronta para isso. Thiago ressalta que cada família tem realidades financeiras e maneiras de conversar com os filhos diferentes: “O importante é envolver as crianças nas finanças do dia a dia, sem tabus”.

Finanças para crianças: mudança de mentalidade ao longo dos anos

O percentual de pais que conversam com os filhos sobre finanças mostra que há uma mudança no comportamento cultural das famílias ao longo das décadas.

A pesquisa mostra também que 56% desses mesmos adultos admitem que nunca tiveram uma conversa parecida com os pais quando eram crianças. Esse indicador se sobressai entre as mulheres (65%) e as classes D e E (64%).

Finanças para crianças: mudança de mentalidade ao longo dos anos

O percentual de pais que conversam com os filhos sobre finanças mostra que há uma mudança no comportamento cultural das famílias ao longo das décadas.

A pesquisa mostra também que 56% desses mesmos adultos admitem que nunca tiveram uma conversa parecida com os pais quando eram crianças. Esse indicador se sobressai entre as mulheres (65%) e as classes D e E (64%).

Soluções financeiras para crianças

A pesquisa revela também que 72% dos pais afirmam não conhecer qualquer tipo de solução financeira voltada ao público infantil, enquanto 28% afirmam ter acesso e utilizar tais plataformas. As mais citadas foram:

  • ● Conta Digital Kids – Banco Inter;
  • ● Nextjoy – Banco Next/Bradesco;
  • ● Cartão Adicional Mesada – Caixa Econômica Federal;
  • ● Mesada Turma da Mônica – Visa;
  • ● SuperDigital Cartão Mesada – SuperDigital/Santander;
  • ● Neagle Bank.

 

Segundo os pais entrevistados, 48% das crianças que utilizam uma dessas soluções financeiras aprenderam a fazer a gestão do dinheiro.

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A cultura da mesada

A pesquisa também avaliou a percepção dos pais em relação à mesada, vista como porta de entrada dos pequenos para uma melhor compreensão sobre a importância das finanças.

Para Thiago Godoy, a mesada é importante para que a criança entenda as consequências das escolhas financeiras. “Até mesmo errar é importante, faz parte do processo. A orientação nesses casos é fundamental, não vai ser de um dia para o outro que a criança vai saber exatamente a melhor forma de usar o dinheiro”, complementa.

Ainda assim, apenas 39% dos pais brasileiros afirmam que têm o hábito de dar mesada aos filhos. O valor médio da mesada não ultrapassa R$100, valor concedido por 74% dos pais entrevistados. Para 53% deles, o valor da mesada é de até R$60.

A mesada, segundo os pais entrevistados, deve ser utilizada primordialmente para pagar o lanche na escola (em 33% dos casos) e para ensinar as crianças a economizar e poupar para o futuro (32%).

Entre os pais que dão mesada aos filhos, o costume é maior para a faixa de crianças de 6 a 11 anos (54%), seguido pela faixa etária de 15 a 18 anos (45%). A maioria dos pais adota a tradicional frequência mensal (62%).

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Investimento para o futuro dos filhos

A pesquisa revelou também que 72% dos pais não fazem atualmente qualquer tipo de investimento ou poupança para o futuro dos filhos.

Entre os que têm esse hábito, 50% admitem não ter uma conta específica para a finalidade. A ação, no caso, é realizada dentro da própria conta bancária dos pais.

Fonte: Serasa