Segundo as recentes pesquisas realizadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), no mês passado, pela primeira vez neste ano, o preço médio do litro do açaí consumido pelos paraenses ficou mais barato. Ainda de acordo com os levantamentos, também no mês passado, a queda registrada nos preços do produto alcançou quase 2,00%.
As pesquisas mostram que o litro do açaí do tipo médio, comercializado nas feiras livres, pontos de vendas e supermercados da capital, apresentou a seguinte trajetória de preços nos 12 últimos meses: no mês de abril de 2023, o litro foi comercializado em média a 27,80; encerrou o ano passado sendo vendido em média a R$ 19,82. Iniciou este ano sendo comercializado em média a R$ 21,77 em janeiro. Em março, saltou para R$ 34,39 e no mês passado custou em média R$ 33,77.
Como pode ser observado, o preço deste tipo de açaí apresentou queda de 1,80% no mês passado em relação ao mês de março. Entretanto, no balanço comparativo de preços dos quatro primeiros meses deste ano o produto ainda continua caro e acumula alta expressiva de 70,38%; já nos últimos 12 meses a alta acumulada neste tipo de açaí foi de 21,47%.
As pesquisas do Dieese/PA também identificaram que os preços do litro de açaí do tipo médio variam em função dos vários locais de vendas. Com isso, existem diferenças de preços entre feiras, supermercados e pontos de vendas espalhados pela cidade. Na última semana do mês de abril, o litro foi encontrado nas pesquisas com os seguintes preços: nas feiras livres os preços oscilaram entre R$ 25,00 a R$ 30,00; já nos supermercados os preços oscilaram entre R$ 23,99 a R$ 28,00.
“A entressafra do açaí está chegando ao fim e com ela também vários meses de altas recordes de preços, no entanto os paraenses ainda estão pagando caro pelo litro do produto comercializado na capital. É sabido ainda que para além dos fatores sazonais, este ano de 2024 também ficou marcado pela forte especulação na formação final do preço do litro de açaí ao consumidor. Cabe reforçar, portanto, a urgente e necessária cobertura da cadeia de produção e distribuição do Açaí por todo o Estado com ações, investimentos e políticas públicas, visando não só o aumento da oferta e qualidade do produto, mas também a garantia do consumo justo e transparente aos paraenses”, afirma Everson Costa, supervisor técnico do Dieese.