O Governo do Pará continua avançando na implementação das ações previstas no Plano Estadual de Bioeconomia, uma parte essencial do eixo de desenvolvimento socioeconômico de baixo carbono do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA). O progresso inclui a construção do Espaço de Inovação em Bioeconomia, parte integrante do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, cujas obras estão em estágio avançado, bem como a implementação do Observatório da Bioeconomia.
O Parque abrange diversas iniciativas, como a Escola de Saberes da Floresta, um Centro de Turismo de Base Local, o Espaço de Bioeconomia e Inovação, o Observatório da Bioeconomia, o Centro de Cultura Alimentar e o Centro de Sociobioeconomia.
Com o Espaço de Inovação, localizado no Porto Futuro II, em Belém, em fase avançada de construção, espera-se fornecer uma variedade de serviços de apoio aos empreendedores da bioeconomia paraense. Essa é uma das prioridades do estado para a COP30 e está sob a atenção da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) para melhorias em seu projeto.
Diante disso, o Secretário da Semas, Mauro O’de Almeida, liderou visitas técnicas de equipes da Semas aos estados da Bahia e de Pernambuco, que têm alguns projetos considerados bem-sucedidos, como o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar), o Parque Tecnológico Porto Digital e a Escola de Inovação Cesar School, em Recife (PE), além do Centro de Inovação do Cacau e a Biofábrica, em Ilhéus, interior da Bahia.
“Estamos focados em resultados. O PlanBio é prioridade para o Estado, por determinação do governador Helder Barbalho, e neste momento estamos nos concentrando nos resultados que esse plano pioneiro no Brasil já está trazendo. Nesse sentido, o Parque de Bioeconomia, que será um dos destaques na COP 30 no ano que vem, está no alvo para que possamos incrementá-lo com tecnologias que agreguem e potencializem seus resultados a partir de bons exemplos que encontramos aqui mesmo no Brasil, guardadas, evidentemente, as singularidades características do nosso estado e da Amazônia”, explica o Secretário da Semas, Mauro O’de Almeida.
Observatório da Bioeconomia
O Observatório da Bioeconomia, parte das ações do PlanBio, irá consolidar dados, informações produtivas e casos de sucesso em uma plataforma digital que servirá como vitrine para impulsionar as atividades ligadas à economia de baixo carbono no Pará.
“O Observatório da Bioeconomia no Pará vai ter como função principal fazer a integração de todos os dados que nós já temos coletados no âmbito do Estado, inclusive em rede nacional a respeito da bioeconomia, e fazer esse link entre o negócio, a sociedade e o Estado, para que todos os nossos dados sejam alinhados e viabilizem um portal de acesso de todas as nossas cadeias de produtividade para investimento e injeção de recursos da bioeconomia estadual”, detalha Victória Fidelis, da Secretaria de Estado de Educação Superior e Tecnológica (Sectet), responsável pela condução do projeto.
Conforme Rodrigo Quites, diretor-presidente da Fundação Guamá, que também irá atuar na implementação do Observatório, “ele servirá como vitrine tecnológica para apresentar a sociedade, para o governo e para os empresários. Pretendemos unificar tudo o que nós temos de estrutura na área de bioeconomia que o nosso estado produz e apresentar para o mundo”, detalha Rodrigo.
Estimulando os bionegócios
O apoio à bioeconomia no Pará é exemplificado pelo produtor rural e sócio da Associação de Produtores da Comunidade Boa Vista, no Acará, no nordeste paraense, José Maria Gomes do Rosário. Sua comunidade firmou um contrato para o fornecimento de mandioca com a empresa Manioca, apoiada pelo Plano de Bioeconomia. Além disso, o estado incentiva o plantio de mandioca amarela na comunidade e fornece mudas mais adequadas, o que aumentou a produtividade e permitiu mais negócios para a associação.
“O incentivo nos proporcionou um maior suporte e dar mais tranquilidade para nós, uma vez que sabemos que lá na frente teremos o resultado do plantio, mas até esse momento, teremos uma renda a mais que vai melhorar muito para minha casa, para o meu dia a dia, vou poder fazer algo mais para mim. Acredito que vai facilitar muitas coisas, não só pra mim, mas para toda a nossa comunidade. Estamos felizes com o que o apoio do estado e da Semas está proporcionando”, disse José Maria.