Inovação em sustentabilidade

Conheça o projeto “Embaixadores da Sustentabilidade”

Projetos desenvolvidos no Estado têm como base o envolvimento das comunidades em ações ao ar livre, em contato com a natureza, na recuperação da biodiversidade e na produção sustentável
Projetos desenvolvidos no Estado têm como base o envolvimento das comunidades em ações ao ar livre, em contato com a natureza, na recuperação da biodiversidade e na produção sustentável

Luiz Flávio

Expandir a estratégia de sustentabilidade para além do ambiente de trabalho é o objetivo do projeto “Embaixadores da Sustentabilidade”, que promove uma sensibilização sobre a temática, além de motivar os empregados da empresa a realizar boas práticas relacionadas à questão.

O projeto integra o Programa de Educação Ambiental (PEA) da Hydro em Paragominas, cujo intuito é engajar a sociedade e as empresas na difusão dos conceitos relacionados ao meio ambiente, em atividades com o público interno e externo abrangendo cinco municípios e comunidades da área de influência do mineroduto. Apenas em 2022, foram realizadas internamente mais de 70 ações que abordaram 12 temas de educação e sensibilização ambiental.

“Também foram levados para a comunidade assuntos relacionados a Mineração e Biodiversidade, sustentabilidade, produção de hortas domésticas e agroecologia, bem como doação de mudas de espécies nativas no atendimento aos municípios da área de abrangência do PEA e realizados 05 minicursos e 6 workshops”, destaca Cícero Viana, gerente sênior de saúde, segurança e meio ambiente da Hydro Paragominas.

Ocorreram ainda campanhas de plantio de mudas pelos “Embaixadores da sustentabilidade” envolvendo mais de 978 empregados. “Ao todo, mais de 16 mil pessoas foram alcançadas pelas ações do PEA em 2022, contabilizando ações presenciais e remotas e por meio de ações diretas e em sinergia com outras áreas da empresa como Comunicação e Voluntariado”, contabiliza Viana.

A empresa mantém ainda a Trilha Ecológica, espaço localizado dentro da própria mina, criada para demonstrar os programas de controle ambiental da empresa. “Ela já foi uma área minerada, cuja recuperação ambiental foi realizada em 2009 com a técnica de plantio tradicional, abrigando hoje orquídeas, bromélias, espécies florestais nativas de grande relevância comercial e espécies vulneráveis. Destacamos também a presença de espécies nativas com propriedades medicinais”.

O monitoramento de fauna no local tem mostrado o retorno de várias espécies entre elas, 229 de pássaros, 34 anfíbios, 27 de répteis, 51 de mamíferos não voadores (incluindo a onça pintada) e 35 espécies de mamíferos alados (como morcegos).

Em 2022, foram realizadas 24 visitas à trilha, totalizando 409 visitantes, com participação de estudantes universitários, empregados, aprendizes, executivos da Hydro, imprensa e representantes de órgãos ambientais. Ao percorrerem a trilha, os visitantes conhecem e constatam in loco a importância dos principais programas de monitoramento e conservação da biodiversidade da região.

 

Projeto objetiva a recuperação de manguezais

O Projeto “Mangues da Amazônia” lançou as bases para o uso sustentável da biodiversidade, ganhos no mercado de carbono e avanços na inclusão social de crianças e adolescentes. Concluído em dezembro passado, o projeto ajudou a restaurar o ecossistema com educação e inclusão social, impactando direta e indiretamente cerca de 6 mil pessoas em Bragança, Augusto Corrêa e Tracuateua, municípios da região costeira do Pará.

O “Mangues da Amazônia” é um projeto socioambiental com foco na recuperação e conservação de manguezais em Reservas Extrativistas Marinhas do estado do Pará. O Mangues da Amazônia é realizado pelo Instituto Peabiru e pela Associação Sarambuí, em parceria com o Laboratório de Ecologia de Manguezal (LAMA), da Universidade Federal do Pará (UFPA), com patrocínio da Petrobras através do Programa Petrobras Socioambiental.

O Mangues atua na recuperação e conservação de manguezais em Reservas Extrativistas Marinhas no estado desde 2021 com foco na recuperação de espécies-chave dos manguezais com a integração das comunidades.

Quando se fala em conservação da biodiversidade, uso sustentável dos recursos naturais e mudanças climáticas, os manguezais que beiram a maior floresta tropical do planeta, na costa do Pará, protagonizam ações socioambientais que – após quase dois anos de atividades em reservas extrativistas – já demonstram impactos positivos ao meio ambiente e à qualidade de vida na região, marcada pela tradição da pesca e captura de caranguejo.

A zona costeira amazônica reúne a maior faixa contínua de manguezais do planeta, com uma área de cerca de 8 mil km. O desafio é mantê-lo bem conservado, aliando práticas produtivas e culturais à geração de renda e avanços da ciência, além da modernidade de novas tecnologias e da redução das desigualdades sociais nessa região.

De acordo com o professor Marcus Fernandes, pesquisador do LAMA/UFPA, a participação da comunidade é fundamental. “Um importante diferencial para chegar a esses resultados é o fortalecimento da participação comunitária nas escolhas e decisões”, diz.

Até o fim de 2022, nas reservas extrativistas atendidas pelo projeto Mangues da Amazônia, foram plantados 7,3 hectares com espécies vegetais de mangue, capazes de capturar 220 toneladas de dióxido de carbono por ano. A meta do projeto era completar 14 hectares restaurados em conjunto com as comunidades que são parceiras na manutenção dos viveiros de mudas nas reservas extrativistas.