Belém e Pará - Na noite desta segunda-feira (19), um crime brutal abalou o bairro da Sacramenta, em Belém (PA). O professor de educação física Alberto Wilson dos Santos Quintela, de 30 anos, foi assassinado a tiros em frente à academia onde trabalhava há menos de um mês. O autor dos disparos foi identificado como o policial militar Rodrigo Alves Ferreira, que também acabou morto momentos depois, atingido por uma terceira pessoa que passava pelo local.
O crime ocorreu por volta das 22h, em frente à academia Fourfit, onde Quintela havia iniciado recentemente suas atividades como instrutor. Imagens de câmeras de vigilância mostram o momento em que a vítima entra em seu carro, estacionado na calçada. Em seguida, o policial militar, vestindo capacete e à paisana, se aproxima, abre a porta do veículo e efetua os disparos. Quintela ainda tentou sair com o carro, mas perdeu o controle e morreu no local.
Logo após o assassinato, um homem armado, que testemunhou a cena, atravessou a rua e atirou contra o policial, que também morreu no local. A identidade do autor dos disparos contra o PM ainda não foi confirmada, e ele fugiu logo em seguida. A Polícia Civil investiga o caso como duplo homicídio, com apoio da Divisão de Homicídios. As imagens das câmeras de segurança estão sendo analisadas.
PM estava armado com duas armas
De acordo com o boletim de ocorrência ao qual o DIÁRIO teve acesso, Rodrigo Alves portava duas armas de fogo: uma pistola Beretta com 16 munições intactas e um revólver calibre .38, que estava em sua mão com uma munição deflagrada.
Luto e comoção
A academia Fourfit, onde Alberto Quintela dava aulas, publicou nota de pesar em suas redes sociais e decretou luto oficial nesta terça-feira (20), mantendo a unidade fechada em respeito à memória do profissional.
Quintela era conhecido por sua simpatia e dedicação. Casado, ele aguardava a chegada do primeiro filho, com nascimento previsto para as próximas semanas — a esposa está grávida de 8 meses.
Repercussão e Investigações
O caso gerou comoção nas redes sociais, onde alunos, colegas de trabalho e amigos lamentaram a tragédia. Um vídeo gravado dias antes do crime, no qual Alberto convida alunos para um evento de atividade física ao ar livre, passou a circular como uma despedida simbólica, marcada pelo entusiasmo e carisma que eram marcas registradas do professor.
Motivação ainda é investigada
A motivação do crime ainda não foi oficialmente confirmada, mas a principal linha de investigação considera a hipótese de crime passional. A Polícia Civil segue com a apuração dos fatos e busca identificar e localizar o homem que atirou contra o policial militar.