
A cena encontrada por um morador da Passagem da Paz, na Invasão dos Milagres, no bairro São João, conhecido como “Pato Macho” (na divisa entre Ananindeua e Marituba, no Pará), foi de terror e horror. Por volta das 15h deste domingo (23), ao se dirigir ao quintal de sua casa, o homem deparou-se com uma situação chocante: o corpo de um homem sem vida, decapitado, com a cabeça colocada sobre o tronco.
Após o susto, o morador fez uma ligação anônima para o Centro Integrado de Operações (Ciop), relatando o ocorrido. Sem fornecer muitos detalhes, ele desligou o telefone, o que levou o atendente a acionar imediatamente uma viatura do 21º Batalhão da Polícia Militar. O tenente Carlos, oficial de plantão, foi enviado ao local para verificar a situação.
Depois de mais de uma hora de buscas na região, os policiais localizaram o corpo em uma área atrás do quintal de uma residência. Acredita-se que o homem tenha sido assassinado durante a madrugada deste domingo (23). Curiosamente, nenhum morador das redondezas afirmou ter ouvido barulhos ou discussões durante a noite, o que reforça a suspeita de que o medo de represálias por parte de criminosos tenha imposto a “lei do silêncio” na comunidade.
O capitão Adriano, subcomandante do 21º Batalhão, explicou que a vítima, ainda não identificada, teve a cabeça cortada com golpes de facão, possivelmente como uma mensagem dos assassinos. O crime lembra as execuções brutais realizadas pelo chamado “tribunal do crime”, que utiliza métodos extremamente violentos para intimidar e coagir desafetos.
Uma equipe da Divisão de Homicídios esteve no local para avaliar a cena do crime e coletar informações preliminares que irão subsidiar o inquérito policial, sob responsabilidade da Seccional Urbana de Marituba. A ausência de câmeras de segurança na região dificulta a investigação e a obtenção de pistas sobre a dinâmica do crime.
A Polícia pede a colaboração da população. Qualquer informação que possa ajudar a elucidar o homicídio pode ser repassada de forma anônima através do Disk-Denúncia 181. Casos como esse reforçam a necessidade de medidas de segurança pública e combate à violência na região metropolitana de Belém e cidades vizinhas.