JR Avelar
Uma tragédia familiar abalou os municípios de Tucuruí e Novo Repartimento na região sudeste paraense depois que um policial militar, que seria morador e lotado em Novo Repartimento, matou a companheira a tiros e em seguida tentou o suicídio estando em estado grave na UTI de um hospital de Tucuruí.
O DIÁRIO teve acesso aos levantamentos da polícia civil de Tucuruí, que investiga as circunstâncias do crime que teve como vítima fatal Marcela Leite de Brito e ferido gravemente o policial militar Marcelo Silva de Pádua.
Segundo as informações, por volta das 2h30 desta quarta-feira (08), a Polícia Civil foi informada que ocorreu um homicídio no Km 11 da rodovia BR-422 na conhecida vila Permanente em Tucuruí.
O policial militar Marcelo Silva de Pádua estava em um bar ingerindo bebida alcoólica desde aproximadamente às 15h do dia anterior, quando pediu que o dono do estabelecimento fosse até o endereço da vítima para buscá-la, já que este ia buscar um freezer nas proximidades.
Por volta das 20h, a vítima chegou ao local acompanhada do dono do bar e assim ficou bebendo com o autor e mais alguns amigos. Por volta das 21hs, a guarnição da PM na viatura 1301 com os soldados Barbosa, Gaia e cabo Moacir, passou no bar informando ao dono do bar sobre a questão do horário de funcionamento.
Mesmo assim o casal continuou no local ingerindo bebida alcoólica, quando por volta das 1h30, a vítima decidiu ir embora, porém, seu companheiro e autor do fato recusou-se, então iniciaram uma discussão, dessa forma ela pediu a chave do carro para deitar.
Ainda segundo informações, a companheira se direcionou para o veículo, pegou um tijolo e começou a danificar o automóvel. Depois, pegou um pedaço de madeira e deu continuidade atirando contra o veículo, deixando-o bastante amassado.
Percebendo a situação, o militar teria se levantado e gritado: “Vou matar ela!”. E foi em direção ao carro. Chegando lá, efetuou três disparos de uma pistola PT940. Posteriormente, ouviram um silêncio e logo após o autor voltou para próximo do bar, quando deu um disparo de arma de fogo na própria cabeça, vindo a se lesionar gravemente.
As pessoas que estavam no bar socorreram o militar juntamente com a guarnição da viatura 1301, que estava voltando para fazer o fechamento do bar e que também informaram terem escutado três disparos, seguidos por mais um disparo.
Marcela Leite de Brito morreu no local, enquanto o policial militar Marcelo Silva de Pádua deu entrada no Hospital Regional de Tucuruí com uma perfuração de saída na região frontal do crânio em estado gravíssimo. Pela parte da tarde, o hospital informou que o policial militar não suportou o ferimento e evoluiu a óbito.