A audácia de traficantes não tem limites. Um casal foi preso em flagrante transportando drogas dentro de um ônibus oficial a serviço do município de Aurora do Pará, utilizado para o programa Tratamento Fora do Domicílio (TFD). A abordagem ocorreu às margens da rodovia Belém-Brasília (BR-010).
A prisão aconteceu durante uma operação conjunta das Polícias Civil e Militar, no curso das investigações do homicídio de Carlos Daniel, conhecido como “DN”. As diligências tinham como objetivo identificar os autores e possíveis colaboradores do crime.
Durante as apurações, Jackeline da Silva e Silva foi apontada como uma das principais suspeitas de envolvimento. Segundo a polícia, ela teria ordenado a execução da vítima, que estaria, supostamente, repassando informações da facção criminosa Comando Vermelho para as autoridades.
Conforme as investigações, Jackeline desempenhava a função de “mascote” dentro da organização — pessoa protegida pela facção, com responsabilidades como armazenar e distribuir armas, drogas e produtos roubados. Com o tempo, ela ganhou prestígio dentro do grupo criminoso, exercendo papel de liderança e expandindo sua atuação para outros municípios da região.
Na manhã do feriado, a polícia recebeu uma denúncia anônima informando que uma jovem magra, que não constava na lista de pacientes ou acompanhantes do ônibus do TFD, havia embarcado levando bolsas suspeitas. A denúncia apontava ainda que o motorista do veículo, Daniel Santiago Menezes, tinha conhecimento do transporte da droga e teria autorizado a viagem da mulher, embora o valor recebido por isso não tenha sido informado.
Prisão em Flagrante e Operação Policial
Diante da informação, a Polícia Civil solicitou apoio da Polícia Militar de Aurora do Pará e da 4ª Companhia Orgânica de Mãe do Rio. O ônibus foi interceptado e, após revista minuciosa, foram encontrados nove quilos de maconha, distribuídos em onze tabletes, nos pertences de Jackeline.
Jackeline da Silva e Silva e o motorista Daniel Santiago Menezes foram presos em flagrante por tráfico de drogas. Com a prisão da suspeita, as investigações sobre o homicídio de Carlos Daniel devem avançar, já que a polícia acredita que ela tenha ordenado o crime como parte de sua atuação dentro da facção.