JR Avelar
A prisão de Marcelo Cardoso pode representar a ponta do iceberg que a Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores vinculada à DRCO buscava para desvendar o roubo de carros de luxo do tipo Hilux, em Belém, nos últimos meses.
Nesta segunda-feira (09), a Polícia Civil do Estado do Pará, deflagrou a “Operação Alto Luxo”, que faz referência a criação do nome da camionete “Hi-lux”, que tem origem na fusão das palavras em inglês “high” (alto) e “luxury” (luxo), dando cumprimento ao mandado de prisão preventiva expedido pela 1ª Vara de Inquéritos Policiais de Belém, contra Marcelo Cardoso, pela prática do crime de furto qualificado pelo uso de chave falsa.
Além disso, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, um na residência do alvo localizada no condomínio Ecoparque, na cidade de Ananindeua, e outro na loja de peças veiculares denominada Atacadão das Peças, localizada na travessa Alferes Costa, no bairro da Pedreira em Belém.
Durante as buscas foi solicitado que o alvo se identificasse, momento em que apresentou documento falso, com o nome de Marcelo Sousa Cardoso, sendo dada voz de prisão em flagrante delito também pelo crime de uso de documento falso.
Na residência de Marcelo Cardoso foram apreendidas diversas chaves de veículos, jóias, malas, objetos que indicam ser de propriedade da vítima que teve uma Hilux furtada no estádio do Mangueirão, durante uma partida ocorrida no dia 17 de setembro passado e um veículo Chevrolet Ônix, o qual era utilizado para realizar os furtos de camionete Hilux.
Na loja do suspeito foram apreendidas peças de camionete Hilux, notadamente oriundas de furto registradas recentemente, divididas em diversas partes como portas, teto, capô, motor, para-choque, multimídia, bancos, monobloco, rodas, painel e sem os sinais identificadores, o que indica que o veículo teria sido desmanchado no local.
Além disso, foi apreendido um veículo Chevrolet S10, cor branca com indícios de adulteração, o qual foi encaminhado para perícia. A Polícia Civil afirma que as investigações indicam com robustez a sofisticação da ação criminosa, com uso de tecnologia de emulação de sinais da chave dos veículos, que além de acionar a ignição dos carros, viabiliza o acesso ao interior destes sem o acionamento do alarme.
Desde junho passado a Polícia Civil registrou várias ocorrências de furtos de camionetes Hilux, totalizando sete ao total, mas até agora só foi possível identificar a participação de Marcelo pelo furto de duas camionetes Toyota/Hilux e vai responder pelo crime de furto qualificado, receptação, adulteração de sinais identificadores de veículos e uso de documento falso.
A Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores informou que as investigações continuam para identificar os autores dos demais furtos, bem como, identificar os receptadores dos veículos e das peças desses veículos.