
Uma operação conjunta das polícias Civil e Militar no município de Pacajá, região sudoeste do Pará, resultou na apreensão de armas de fogo, drogas e objetos de vítimas de homicídios. A ação foi deflagrada após a emissão de mandado de busca e apreensão autorizado pela Justiça, com base em investigações que apuram crimes praticados por um grupo criminoso na zona rural do município.
A investigação teve início após a Delegacia de Polícia Civil de Pacajá receber informações sobre um duplo homicídio ocorrido na vila I, no assentamento Cururuí. As vítimas foram encontradas mortas à beira da estrada, com sinais de execução por arma de fogo. O principal suspeito era Isaías de Lima Sousa.
Com base nas informações obtidas e no avanço das diligências, a Polícia Civil identificou indícios que apontavam Isaías como autor dos crimes. O delegado responsável representou judicialmente pelo mandado de busca e apreensão na residência do investigado, o que foi deferido pelo Poder Judiciário.
Durante o cumprimento do mandado, as equipes foram surpreendidas por um homem que fugiu pelos fundos da casa e atirou contra os policiais, antes de desaparecer em uma área de mata. Ao entrarem na residência, os agentes se depararam com Isaías de Lima Sousa armado com um revólver, que também atirou contra os policiais. A equipe revidou e o suspeito foi baleado. Ele foi socorrido e levado ao Hospital de Pacajá, mas não resistiu aos ferimentos.
Na casa, os policiais apreenderam um arsenal de cinco armas de fogo: uma espingarda calibre 12, uma espingarda modificada para calibre 22, um rifle calibre 44, uma espingarda calibre 36 e um revólver calibre 38, além de diversas munições de diferentes calibres.
Também foram encontrados 653g de oxi, 89g de cocaína, cerca de 1kg de maconha, 530g de sementes de maconha, três dichavadores, celulares e uma motocicleta. Um dos celulares localizados pertencia a uma das vítimas do duplo homicídio que motivou a operação.
Além disso, Isaías era apontado como o autor de outro crime brutal, no qual a vítima foi decapitada, esquartejada e marcada com a sigla “PCC” no peito. Segundo a Polícia Civil, ele era considerado o chefe da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) na região de Cururuí. Cadernos com anotações do grupo criminoso foram apreendidos durante a operação.
As investigações continuam para localizar outros envolvidos nos crimes e na organização criminosa.