Polícia

Sargentos da PM são presos por tortura, sequestro e morte em Cametá

A quadrilha estava fortemente armada. Foto: Divulgação: 32º BPM
A quadrilha estava fortemente armada. Foto: Divulgação: 32º BPM

Policiais militares do 32º Batalhão da Polícia Militar desarticularam uma quadrilha que agia na zona rural do município de Cametá, na região de integração do Tocantins. Durante a ação, que ocorreu na manhã da última segunda-feira (27), os agentes apreenderam sete armas de fogo, incluindo armamento de grosso calibre, munições e rádios comunicadores.

A unidade recebeu a informação que o corpo de um homem que estava desaparecido havia sido encontrado em um rio na região da ilha de Laranjal e, segundo as denúncias um grupo armado, estaria ameaçando parentes da vítima que tentavam se aproximar do corpo. Uma equipe da Polícia Militar, acompanhada de militares do Corpo de Bombeiros Militar (CBM), se deslocou para a região.

Em rondas realizadas pelos rios da região, uma embarcação, com três homens com as características repassadas nas denúncias, foi abordada, e com eles foram apreendidas duas armas de fogo e foi constatado que um deles estava foragido de sistema penal. Um dos suspeito é sargento da Polícia Militar, segundo apurou a reportagem.

As buscas continuaram em uma área de mata, onde dois suspeitos foram detidos e mais duas armas foram apreendidas. Um dos acusados também foi apresentado como sargento da PM. Os nomes dos militares não foram informados. Ambos estavam armados com pistolas de uso restrito.

Os suspeitos conduziram os militares até o local utilizado como base pelo grupo. Dois homens estavam no local e um deles tentou fugir atirando contra os militares, que revidaram. Um dos suspeitos foi atingido e socorrido, contudo, não resistiu aos ferimentos.

Durante a revista na área, foram encontradas armas de grosso calibre, incluindo um fuzil AR15, com 110 munições. Na ação, além do fuzil, foram apreendidas duas pistolas, calibre .40, uma pistola, calibre .9mm, uma pistola, calibre .380, um rifle de precisão, calibre .17, com mira telescópica acoplada, uma espingarda calibre .28 de fabricação caseira, 189 munições de diversos calibres, dois aparelhos celulares e dois rádios comunicadores.

Na apresentação na delegacia da Polícia Civil, o grupo foi reconhecido por uma vítima, que foi torturada e mantida em cárcere privado pelos suspeitos. Todos foram apresentados para a autoridade policial de plantão.