Imagine um condenado pela Justiça, em liberdade no regime aberto, se envolvendo em nova confusão. Foi o que aconteceu com Aguinaldo Júnior de Sousa, de 32 anos. Após fugir de um assalto, ele entrou em uma igreja evangélica na Travessa da Timbó, no bairro da Pedreira, em Belém, onde havia cerca de duzentas pessoas, e fez um rapaz refém.
De acordo com informações da Polícia Militar, o criminoso estaria envolvido em um assalto na Avenida Pedro Miranda, que acabou frustrado com a chegada de uma equipe de motocicletas do 28º Batalhão.
Havia informações de que Aguinaldo Júnior e um comparsa estariam tentando um assalto a banco em uma agência na Avenida Pedro Miranda, próximo à Travessa da Timbó, no bairro da Pedreira. Outra versão indicava que o alvo seria um estabelecimento comercial, mas o plano acabou dando errado.
Um possível policial à paisana teria informado aos homens do serviço de motopatrulhamento que passavam pelo local, iniciando uma perseguição a um dos criminosos. A pé, ele correu cerca de cinquenta metros e, ao perceber a porta da igreja evangélica aberta, entrou no local, causando pânico.
Segundo relatos, pelo menos duzentos fiéis estavam orando dentro da igreja quando foram surpreendidos pelo assaltante armado, que escolheu um dos presentes para fazer refém, utilizando uma arma de grosso calibre.
Durante uma hora e meia, as negociações foram conduzidas pelo tenente Abreu, com a presença de oficiais do 1º Batalhão, do Batalhão de Operações Especiais, da ROTAM e de policiais civis da Seccional Urbana da Pedreira.
O criminoso primeiro exigiu um aparelho celular com crédito para se comunicar com
familiares. Em seguida, pediu a presença da imprensa e, por fim, solicitou a presença do pai, que, ao chegar, facilitou sua rendição.
Chamou a atenção o fato de que, ao deixar a arma em um dos bancos da igreja e liberar o refém, este teve tempo suficiente para abençoar o suspeito, terminando com a frase:
“Entrega tua vida a Jesus”, disse o evangélico que ficou sob a mira da arma do bandido.
Aguinaldo Júnior de Sousa estava solto há mais de um ano após ser condenado por assalto. Segundo o pai, ele seria usuário de drogas. Ele estava no regime aberto e, com a nova transgressão, perdeu todos os benefícios, voltando seus processos à estaca zero.
SOB A MIRA DE REVÓLVER