INVESTIGAÇÃO

Polícia prende suspeito de latrocínio que matou vice-presidente da Fiepa

Um rápido levantamento e a atuação precisa da equipe do 6º Batalhão da Polícia Militar de Ananindeua ajudaram a esclarecer o crime de latrocínio.

Antonio Eugênio Pacelli, 65, fundador da Fábrica de Velas Cigana, foi atingido a tiros dentro do escritório; caso é investigado como latrocínio e dois suspeitos foram presos, um deles funcionário do local.
Antonio Eugênio Pacelli, 65, fundador da Fábrica de Velas Cigana, foi atingido a tiros dentro do escritório; caso é investigado como latrocínio e dois suspeitos foram presos, um deles funcionário do local.

Um rápido levantamento e a atuação precisa da equipe do 6º Batalhão da Polícia Militar de Ananindeua ajudaram a esclarecer o crime de latrocínio ocorrido na manhã desta sexta-feira (3), em uma fábrica de velas localizada na passagem Az de Ouro, bairro Levilândia, Ananindeua (PA).

Dinâmica do crime em Ananindeua

Segundo informações, a equipe da viatura 0606, composta pelo sargento Amorim e os soldados Rosário e Laercio, estava em serviço operacional quando recebeu chamado do comandante do 6º BPM, tenente-coronel L. Araújo, sobre a ocorrência na Fábrica de Velas Cigana.

No local, já se encontravam viaturas da Polícia Civil e da Polícia Militar. A vítima, o empresário Antônio Eugênio Pacelli, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), havia chegado por volta das 6h para realizar o pagamento dos funcionários, quando foi surpreendido por três homens em uma motocicleta.

Durante a ação criminosa, os assaltantes roubaram o dinheiro destinado ao pagamento e efetuaram um disparo contra Pacelli, que foi atingido no abdômen. Ele ainda foi socorrido por um funcionário e levado ao Hospital Metropolitano, mas não resistiu aos ferimentos.

Investigação e suspeitos

O sargento Amorim coletou depoimentos de funcionários da empresa, entre eles uma trabalhadora que relatou conversa com o sobrinho, também funcionário, sobre comentários feitos por Sebastião Araújo dos Santos. Segundo ela, Sebastião havia dito na segunda-feira (29) que na sexta-feira ocorreria “um grande evento na fábrica”.

A equipe da PM localizou Sebastião, que chegou a negar envolvimento, alegando que sua fala se referia apenas ao pagamento dos funcionários e a planos pessoais. Contudo, as contradições nos depoimentos levantaram suspeitas.

Na sequência, os policiais também foram à casa de outro suspeito, que confirmou ter ouvido Sebastião comentar que “algo grande” aconteceria na empresa.

Polícia indicia suspeito

Diante das evidências e contradições, a polícia indiciou Sebastião Araújo dos Santos pelo crime de latrocínio, que vitimou o empresário Antônio Eugênio Pacelli.

Perfil da vítima: liderança no setor industrial paraense

Antonio Eugênio Pacelli Martin de Mello, de 65 anos, era um dos nomes mais respeitados do setor produtivo do Pará. Vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) e fundador da tradicional Fábrica de Velas Cigana, Pacelli dedicou sua trajetória a fortalecer a indústria local e se consolidou como referência na defesa do desenvolvimento econômico e da geração de empregos no Estado.

Na Fiepa, ocupava a vice-presidência e participava ativamente de debates estratégicos sobre inovação, competitividade e expansão do parque industrial paraense. Sua carreira como empresário e dirigente foi marcada pelo empenho em abrir caminhos para pequenos e grandes negócios, além de sua constante presença em discussões sobre os rumos da economia regional.

A morte de Pacelli causou forte comoção entre representantes do setor industrial. Em nota, a Fiepa lamentou a perda de uma liderança que deixa um legado de dedicação e compromisso com o desenvolvimento do Pará.

Com informações do repórter JR Avelar