
Pará - A Polícia Civil do Pará prendeu na noite desta quarta-feira, 1º de outubro, dois suspeitos de cometer um feminicídio na cidade de Gurupá, no arquipélago do Marajó. A vítima, identificada como Camila Araújo da Silva, foi assassinada e teve o corpo enterrado em um lixão. O corpo da vítima foi encontrado por populares na Rodovia Gurupá-Pucuri.
“O principal suspeito, ex-companheiro da mulher, foi preso em flagrante na terça-feira. Ele cometeu o crime por não aceitar o fim do relacionamento e recebeu ajuda de um primo, que foi preso em flagrante nesta quarta-feira por auxiliar na ocultação do cadáver. Ambos cavaram uma cova e enterraram o corpo da vítima em um lixão”, explicou o titular da Diretoria de Polícia do Interior (DPI), delegado Hennison Jacob.
A equipe da Delegacia de Gurupá localizou o rapaz, captado por imagens do circuito de monitoramento utilizando a bicicleta da vítima. Segundo o delegado, após ser encaminhado à unidade policial, ele confessou ter ajudado o primo e autor do crime a enterrar o corpo da mulher. Uma equipe da Polícia Científica do Pará foi deslocada a Gurupá para o levantamento de local de crime, onde foi detectado que a causa da morte da vítima se deu por estrangulamento.

Para conter os ânimos da população local, foi necessário transferir o suspeito para o município de Breves enquanto as investigações e outras diligências são conduzidas. “Auxiliamos na produção de um relatório minucioso com as imagens captadas para robustecer o inquérito policial, que é presidido pela autoridade policial da Delegacia de Gurupá. Ambos os criminosos estão presos em flagrante delito por feminicídio e ocultação de cadáver e seguem à disposição da Justiça”, destacou a delegada Bruna Paolucci, titular da Divisão Especializada no Atendimento à Mulher de Belém.
Desde outubro de 2024, está em vigor a lei que eleva a pena de feminicídio, crime cometido contra mulheres em situação de violência doméstica. Agora, a punição varia de 20 a 40 de prisão. Casos de violência contra a mulher podem e devem ser denunciados em uma delegacia ou de forma anônima pelo Disque 180. Não deixe de denunciar, você pode salvar uma vida.