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Polícia Civil deflagra operação 'protection' e desarticula esquema de estelionato

Além dos mandados de busca e apreensão, também houve representação pelo bloqueio das contas dos suspeitos. A polícia segue com as investigações.

Foto: Divulgação/PC
Além dos mandados de busca e apreensão, também houve representação pelo bloqueio das contas dos suspeitos. A polícia segue com as investigações. Foto: Divulgação/PC

A Polícia Civil, por meio da Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE) e da Delegacia Especializada em Investigação de Estelionato e Outras Fraudes (DEOF), deflagrou a operação “protection” e cumpriu cinco mandados de busca e apreensão, expedidos pela Vara de Inquéritos Policiais e Medidas Cautelares. Os mandados foram cumpridos em residências de pessoas envolvidas no crime de estelionato e associação criminosa.

O delegado-geral da Polícia Civil, Walter Resende, ressalta que, “a Polícia Civil do Pará não mede esforços para fazer justiça, realizando operações que combatam práticas criminosas como essa. Reforçamos que as pessoas sempre tenham cautela ao fazer qualquer tipo de transferência bancária”, disse Resende

O golpe – De acordo com as investigações, desde o ano de 2021, até o final do primeiro semestre de 2024, uma mulher foi vítima do crime de estelionato por parte de um grupo criminoso, que teve como autora intelectual dos crimes, sua ex-empregada doméstica. A suspeita teria se aproveitado de um momento de fragilidade que a vítima se encontrava – devido o falecimento do marido, para induzi-la a acreditar que seu esposo havia sido vítima de “magia negra” e que a vida de seus filhos também estava em perigo por conta do mesmo tipo de trabalho espiritual.

A partir de então, a vítima passou a fazer sucessivas transferências bancárias para financiar os rituais espirituais, sob a promessa de proteção a sua família.

Foto: Divulgação“No período em que o crime ocorreu, a acusada apresentou para a vítima falsos “pais/mães de santo”, os quais recebiam as sucessivas transferências de valores em suas contas correntes”, explicou o delegado responsável pela operação, Gustavo Amoglia.

No decorrer de três anos, a vítima transferiu um total de R$ 1.300.000,00 para as contas bancárias dos suspeitos, além de valores entregues, em espécie, e transferências bancárias feitas por terceiros, a pedido da vítima.

O esquema criminoso culminou na ruína financeira da vítima, uma vez que consumiu todo seu patrimônio e a fez contrair altas dívidas com os bancos.

Também foram aprendidos telefones celulares e notebook dos suspeitos. Todo o material apreendido será analisado para continuidade das investigações, bem como a coleta de elementos probatórios.

Além dos mandados de busca e apreensão, também houve representação pelo bloqueio das contas dos suspeitos, os quais já foram efetivados pelas instituições financeiras. A polícia civil continua com as investigações.