A Polícia Civil cumpriu, na quarta-feira (4), 51 mandados de prisão e 51 mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara de Combate ao Crime Organizado de Belém, no âmbito da operação “Saldo Devedor”. A ação resultou na prisão de 35 suspeitos acusados de atuar como ‘tesoureiros’ da facção criminosa Comando Vermelho em mais de 15 municípios paraenses, além dos estados do Rio de Janeiro, Amapá, Santa Catarina e Mato Grosso.
A Vara de Combate ao Crime Organizado de Belém desempenhou papel central na expedição dos mandados e no suporte jurídico à operação, reafirmando seu compromisso com o enfrentamento às organizações criminosas e a garantia da segurança pública.
Coordenada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/PA), composta pela Polícia Civil, Polícia Penal e Polícia Federal, a operação visou desarticular o núcleo financeiro do tráfico de drogas da facção, um dos pilares da sua estrutura criminosa.
Em Belém, sete pessoas foram presas, e um dos alvos teve três mandados executados simultaneamente. Outras prisões ocorreram nos municípios paraenses de Santarém, Oriximiná, Castelo dos Sonhos, Curuá, Garrafão do Norte, Benevides, Barcarena, Bragança, Faro, Maracanã, Breu Branco e Tailândia, além de Laranjal do Jari (AP), Lucas do Rio Verde e Sinop (MT) e Biguaçu (SC). Um dos alvos, localizado no Mato Grosso, também teve dois mandados cumpridos.
Além disso, nove mandados foram executados em estabelecimentos prisionais nos estados do Pará, Santa Catarina e Rio de Janeiro, destacando o alcance das investigações e o papel estratégico da Vara de Combate ao Crime Organizado na coordenação jurídica da ação.
A operação ‘Saldo Devedor’ é fruto de uma investigação iniciada em maio deste ano, após a prisão de um casal em Santa Bárbara. Com eles, foram apreendidos 1,5 kg de cocaína e crack prontos para venda, além de documentos que revelaram a estrutura contábil da facção. A análise do material permitiu identificar outros integrantes do grupo, incluindo os responsáveis pela gestão financeira do tráfico de drogas.
Segundo as investigações, a facção utilizava uma rede organizada de ‘tesoureiros’ para gerenciar os recursos provenientes de atividades ilícitas, como tráfico de drogas, extorsões e homicídios, em todo o estado do Pará e em outras regiões do país. Os crimes investigados incluem associação criminosa, tráfico de drogas e outros delitos violentos.