Polícia

Operação Cartão Vermelho resulta em 23 presos e apreensão de armas

Os alvos eram vinte e oito pessoas que segundo a Polícia Civil estariam envolvidas em crimes de homicídios, lesão corporal grave
Os alvos eram vinte e oito pessoas que segundo a Polícia Civil estariam envolvidas em crimes de homicídios, lesão corporal grave

JR Avelar

O Sistema de Segurança Pública do Estado entrou em campo através da Polícia Civil com a missão de dar “cartão vermelho” para dois times e mais os reservas no início da manhã desta quarta-feira (10) mas apenas vinte e três suspeitos de crimes foram acordados por volta das 6h e presos através de mandados expedidos pela justiça.

Os alvos eram vinte e oito pessoas que segundo a Polícia Civil estariam envolvidas em crimes de homicídios, lesão corporal grave e fabricação de artefatos explosivos utilizados por torcidas prescritas que continuavam a frequentar estádios de futebol em grandes jogos envolvendo o Clube do Remo e o Paissandu.

De acordo com o delegado geral da Polícia Civil Walter Resende o objetivo da “Operação Cartão Vermelho” é combater crimes cometidos por integrantes de torcidas organizadas tendo como base os últimos episódios que resultaram na morte de dois torcedores a Polícia Civil, por meio da Diretoria de Operações Especiais em conjunto com a Divisão de Homicídios, deflagrou nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (10) a operação.

Mais de duzentos policiais civis foram mobilizados durante a noite e cinco dezenas de viaturas e carros descaracterizados foram deslocadas para dar suporte na operação que começou ainda de madrugada com o planejamento das ações e os endereços dos alvos.

Foram cumpridos 23 mandados de prisão, entre temporárias e preventivas, além do cumprimento de 28 mandados de busca e apreensão pelos crimes de homicídios, lesão corporal e fabricação de artefatos explosivos, formação de bando ou quadrilha entre outros nos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba.

Entre os presos estão os suspeitos de envolvimento nas mortes dos torcedores Thiago Aryan Silva e José Carlos Oliveira da Silva, cometidos por torcidas organizadas no dia 4 de fevereiro deste ano na Região Metropolitana de Belém.

As investigações ao longo do tempo apuraram um grupo de torcedores integrantes das chamadas “organizadas” que produzem, vendem ou compram bombas de fabricação caseira para cometer ataques em confrontos nos dias de jogos, principalmente em praças e logradouros da Região Metropolitana de Belém.

Durante a operação, também foram apreendidos uma arma de fogo, tipo pistola, que estaria na sede de uma das “organizadas” além de aparelhos celulares e outros objetos relacionados às torcidas organizadas tanto de Remo como do Paysandu.

“Com essa operação o Governo do Estado, por meio da Polícia Civil, pretende combater de forma muito firme os criminosos infiltrados nas torcidas de Remo e Paysandu. Buscamos garantir que todos os jogos que ocorram seja um momento de alegria, de confraternização que o futebol nos proporciona”, disse durante a entrevista coletiva o delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende.