JR Avelar
Nos tempos antigos as consideradas “Três horas da Agonia” servia de penitência para os católicos que neste horário da tarde da Sexta-feira Santa, se fazia um silêncio sepulcral nas ruas e residência reverenciado o filho de Deus que agonizava antes de ser morto.
Os tempos mudaram e a Sexta-feira Santa foi se transformando em momentos de festas, e o som das matracas foram substituídas por volume alto de aparelhos sonoros sempre regado a um bom almoço e bebida à vontade.
O cenário na rua Santa Clara entre as ruas João de Deus e Rui Barbosa não lembra o jardim do Getsemani quando o filho do homem viveu as mais duras horas e sim palco de uma violência que teve como vítima Cleuson Rafael Morais da Silva, morador do bairro do Guamá, em Belém.
Segundo as informações, a rua estava movimentada para um sexta-feira Santa quando atiradores em um veículo cujas características estão sendo levantadas pela polícia abriram fogo contra Cleuson Rafael Morais da Silva.
Os tiros assustaram que precisava de silêncio para reverenciar e estava em oração conforme reza a tradição. Logo dezenas de moradores saíram as ruas e ao chegar no local Cleuson Rafael Morais da Silva estava agonizando.
Um grupo de rapazes carregou o corpo crivado com oito disparos de arma de fogo encaminhando com vida para o Hospital do Pronto Socorro do Guamá para receber atendimento médico de urgência.
Duas viaturas da Polícia Militar que atende a área foram deslocadas para realizar um levantamento de informações sobre as características dos assassinos que fugiram tomando rumo da rua Rui Barbosa.
Cleuson Rafael Morais da Silva já tinha passagens pela polícia conforme registro encontrando nos arquivos policiais. A motivação do crime será investigada pela Seccional Urbana do Guamá.