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Novo suspeito? Polícia apura se segundo atirador matou o professor em Belém

Na quarta-feira (21), fora do período de flagrante, o segundo atirador se apresentou espontaneamente à Divisão de Homicídios para prestar depoimento.

Na quarta-feira (21), fora do período de flagrante, o segundo atirador se apresentou espontaneamente à Divisão de Homicídios para prestar depoimento.
Na quarta-feira (21), fora do período de flagrante, o segundo atirador se apresentou espontaneamente à Divisão de Homicídios para prestar depoimento.

Na noite da última segunda-feira (19), um crime chocante abalou o bairro da Sacramenta, em Belém (PA). O professor de educação física Alberto Wilson dos Santos Quintela, de 30 anos, foi morto a tiros em frente à academia Fourfit, onde trabalhava havia menos de um mês. O principal suspeito do assassinato é o policial militar Rodrigo Alves Ferreira, que também acabou morto instantes depois, ao ser baleado por uma terceira pessoa que presenciava a cena.

Na quarta-feira (21), fora do período de flagrante, o segundo atirador se apresentou espontaneamente à Divisão de Homicídios para prestar depoimento. Segundo informações do DIÁRIO, trata-se de um sargento da Polícia Militar que passava pelo local no momento do crime. Ele foi liberado após o depoimento, mas a polícia deve pedir sua prisão preventiva nos próximos dias.

O professor de educação física Alberto Wilson dos Santos Quintela, de 30 anos, foi assassinado a tiros em frente à academia onde trabalhava há menos de um mês. O autor dos disparos foi identificado como o policial militar Rodrigo Alves Ferreira
O professor de educação física Alberto Wilson dos Santos Quintela, de 30 anos, foi assassinado a tiros em frente à academia onde trabalhava há menos de um mês. O autor dos disparos foi identificado como o policial militar Rodrigo Alves Ferreira. Foto: Divulgação

Investigação do Crime

Um detalhe da perícia pode mudar o rumo das investigações: Quintela teria sido atingido por tiros de uma pistola calibre .40 — diferente das armas encontradas com o PM Rodrigo Alves, segundo apurou a reportagem. O policial carregava uma pistola Beretta e um revólver calibre .38, este último com uma munição deflagrada. A arma do sargento que testemunhou e atirou é, justamente, uma pistola .40. Isso levanta a suspeita de que ele possa ter sido o autor do disparo fatal contra o professor.

As câmeras de segurança registraram o momento em que Quintela entra em seu carro, estacionado na frente da academia. Em seguida, o PM Rodrigo, à paisana e usando capacete, se aproxima, abre a porta do veículo e aponta a arma. Quintela tenta fugir dirigindo, mas perde o controle e é baleado, morrendo no local.

Logo depois, um homem armado atravessa a rua e atira contra o policial militar, que também morre na hora. A Polícia Civil trata o caso como duplo homicídio e analisa as imagens de segurança para esclarecer a dinâmica dos fatos.

Repercussão

Alberto Quintela era muito querido entre os alunos e colegas. Casado, ele aguardava ansiosamente a chegada do primeiro filho, com a esposa grávida de oito meses. A motivação do crime ainda não foi oficialmente confirmada, mas a principal hipótese é de crime passional.