
Uma semana antes de ser executada a tiros, Eweline Passos Rodrigues, de 28 anos, conhecida nas redes sociais como “Diaba Loira”, publicou um vídeo desafiando criminosos do Comando Vermelho (CV). No vídeo, postado em 8 de agosto, ela rebate uma ameaça recebida e confronta os autores:
“Terror nenhum desses caras. Tem coragem de filmar, mas não tem coragem de mais nada”, declarou, provocando seus rivais e incentivando que a encontrassem.
A publicação viralizou e ultrapassou 500 mil visualizações. Sete dias depois, Eweline foi morta em meio a confrontos entre facções rivais nas comunidades do Campinho e do Fubá, na Zona Norte do Rio.
Figura conhecida no ambiente digital, Diaba Loira acumulava grande audiência. Eram cerca de 80 mil seguidores em um perfil principal, 70 mil em outro, além de uma conta secundária com 35 mil seguidores. Nas redes, exibia armas de grosso calibre, mostrava a rotina no tráfico e desafiava tanto inimigos quanto ex-parceiros do crime. Em uma das postagens, escreveu:
“Não me entrego viva, só saio no caixão.”
Eweline já havia integrado o Comando Vermelho, mas rompeu com o grupo e passou a atuar ao lado do Terceiro Comando Puro (TCP). Natural de Santa Catarina, ela teria ingressado no tráfico após ser vítima de uma tentativa de feminicídio em 2022.
Foragida da Justiça
Contra Eweline, pesavam pelo menos três mandados de prisão em aberto — dois expedidos pela Justiça de Santa Catarina (Tubarão e Armazém), e outro do Rio de Janeiro. Ela era investigada por tráfico de drogas, organização criminosa, violação de medidas judiciais e rompimento de tornozeleira eletrônica.
Com informações do portal O Dia