Na madrugada desta quarta-feira (11), um integrante de facção criminosa morreu em confronto com a Polícia Militar durante a segunda fase da “Operação Esparável”, no município de Igarapé-Miri, região nordeste do Pará. A ação foi conduzida por equipes da 2ª Companhia Orgânica do 31º Batalhão, subordinado ao Comando de Policiamento Regional IX (CPR IX), sob comando do coronel Maurício.
De acordo com o relatório registrado na Delegacia de Polícia Civil, a operação teve início por volta das 5h, como parte de uma resposta estratégica da Secretaria de Segurança Pública, em atendimento também a um pedido do Ministério Público do Estado. O objetivo é intensificar o combate à criminalidade, em especial nas áreas ribeirinhas, que vêm sofrendo com o avanço de crimes como roubos, extorsões e a atuação do Comando Vermelho.
Operação Esparável e o Confronto
As forças de segurança já monitoravam o bando, considerado de alta periculosidade, com base em denúncias e investigações de inteligência. O grupo seria responsável por uma série de crimes, entre eles pirataria, tráfico de drogas e extorsão na zona ribeirinha do rio Cotijuba. Entre os criminosos identificados estavam Leandro Vinagre Fonseca, conhecido como “Piché”; Lenildo Monteiro Soares, o “Prejuízo”; e um terceiro conhecido apenas como “Machico”.
O coronel Maurício detalhou que o grupo já era alvo de investigações desde o registro de uma ocorrência envolvendo “Piché”, identificado como um dos autores de um roubo agravado com uso de arma de fogo, associação criminosa e restrição de liberdade das vítimas — práticas comuns nos chamados crimes de pirataria.
Detalhes da Operação e Reação ao Ataque
Na véspera da operação, novos levantamentos confirmaram a presença do grupo no início do rio Cotijuba, em posse de armamentos e drogas. As equipes se deslocaram ao local com apoio de uma lancha identificada como LV-G3. Ao se aproximarem da margem, os policiais visualizaram um homem armado com uma arma longa. Foi dada voz de rendição, mas o suspeito reagiu com um disparo contra a equipe.
Diante da agressão, os policiais reagiram para conter o ataque e alvejaram o suspeito, que foi posteriormente identificado como Leandro Vinagre Fonseca, o “Piché”. Ele portava um rifle calibre .44 com quatorze munições — treze intactas e uma deflagrada. O suspeito chegou a ser socorrido e levado à UPA de Igarapé-Miri, mas já chegou sem vida.
Além do rifle, foram apreendidos dois carregadores de pistola — um de calibre .40 e outro de 9mm —, cinco munições intactas de calibre 9mm, três munições de calibre 12 (sendo uma intacta e duas picotadas), um simulacro de arma de fogo, além de porções de entorpecentes.
A operação segue em andamento, com foco na localização dos demais integrantes do bando criminoso e na repressão às atividades do Comando Vermelho na região nordeste.