POLÍCIA CIENTÍFICA DO PARÁ

Meia tonelada de drogas apreendidas em Breves são periciadas

O entorpecente teria origem na chamada tríplice fronteira Brasil-Peru-Colômbia, uma das principais rotas do narcotráfico internacional.

Foto: Amanda Monteiro/Ascom PCEPA
Foto: Amanda Monteiro/Ascom PCEPA

A Polícia Científica do Pará (PCEPA) realizou, nesta terça-feira (13), a perícia em 507 quilos de entorpecentes apreendidos no município de Breves, na região do Marajó. A droga foi interceptada durante uma operação da Base Fluvial Integrada ‘Antônio Lemos’, quando era transportada em uma carreta embarcada em uma balsa com destino a Belém.

A ação contou com o apoio do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), que instaurou inquérito policial e solicitou o exame pericial do material. A carga foi levada a Belém, onde peritos do Laboratório de Química Forense, vinculado à Coordenação de Laboratórios (Colab) da PCEPA, realizaram a análise inicial.

Skank e oxi entre os entorpecentes

Segundo a perita criminal Bianca Passinho, foram identificados 487 quilos de skank – uma variação mais potente da maconha – distribuídos em 441 tabletes, além de 25 quilos de oxi, derivado da cocaína, divididos em 23 tabletes. “A droga foi descrita, pesada, e contraprovas foram encaminhadas para o laboratório forense da PCEPA, onde passarão por testes confirmatórios”, explicou.

Rota internacional do tráfico

De acordo com o delegado Lúcio Bezerra, responsável pelo caso, a droga vinha de Manaus, capital do Amazonas, e teria como destino a cidade de Belém. O entorpecente teria origem na chamada tríplice fronteira Brasil-Peru-Colômbia, uma das principais rotas do narcotráfico internacional.

A carga foi descoberta com o auxílio de um cão farejador, durante a abordagem à carreta. O motorista do veículo foi preso em flagrante e deve responder por tráfico de drogas.

Importância da perícia científica

O laudo pericial produzido pela Polícia Científica será utilizado para embasar as investigações e orientar a incineração da droga, que será conduzida pela Polícia Civil. O delegado Lúcio Bezerra destaca a importância do trabalho pericial: “É fundamental para quantificar e identificar a natureza do entorpecente, ajudando também a traçar padrões e rotas utilizadas pelo tráfico”, afirmou.

A operação reforça a atuação integrada entre forças de segurança pública no combate ao tráfico de drogas na região amazônica, além de destacar o papel estratégico da perícia científica na repressão a crimes de grande impacto.