POSSÍVEL AUTOEXTERMÍNIO

Médica acusada de mandar matar o marido é encontrada morta em presídio

A prisão domiciliar de Daniele havia sido revogada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto.

A prisão domiciliar de Daniele havia sido revogada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto.
A prisão domiciliar de Daniele havia sido revogada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto. Foto: Divulgação

A médica Daniele Barreto, de 46 anos, apontada como mandante do assassinato de seu marido, o advogado criminalista José Lael Rodrigues, foi encontrada morta, na tarde desta terça-feira (9), poucas horas depois de retornar ao Presídio Feminino de Nossa Senhora do Socorro, na região metropolitana de Aracaju, em Sergipe.

A prisão domiciliar de Daniele havia sido revogada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto. Após uma audiência de custódia realizada na manhã da última terça, em que foi decidido que ela continuaria sob detenção com acompanhamento psiquiátrico, Daniele — que estava internada desde 1º de setembro em uma clínica psiquiátrica — foi encaminhada de volta à prisão.

Morte contém indícios de suicídio
Horas depois, o Samu foi acionado ao presídio, mas não conseguiu salvá-la. Foram constatados indícios de suicídio — Daniele foi encontrada sozinha, com sinais compatíveis com autoextermínio.

As autoridades informaram que o corpo foi encaminhado para perícia, enquanto a Secretaria de Justiça de Sergipe instaurou investigação interna e a Polícia Civil abriu procedimento criminal por suspeita de suicídio.

Durante as investigações, verificou-se que Daniele teria utilizado duas amigas como intermediárias para avisar os executores, enviando ainda a localização do advogado na noite do crime, ocorrido em 18 de outubro de 2024, quando ele foi morto a tiros enquanto buscava um açaí com o filho.

O advogado de defesa, Fábio Trindade, havia alertado as autoridades sobre o risco de autoextermínio caso Daniele fosse transferida da clínica psiquiátrica de volta ao presídio, mas a solicitação foi negada.