Uma jovem pode comemorar o aniversário duas vezes no ano depois que foi salva pela Polícia Militar de ser executada durante mais uma ação do “tribunal do crime”, marca registrada de uma facção criminosa que se entranha no submundo do crime no Estado.
A mulher foi sequestrada por volta das 14h desta quarta-feira (27) de uma área na Vila da Barca, no Telégrafo, em Belém, e levada para uma área do conhecido “Abrigo” no bairro da Terra Firme onde foi espancada, torturada e amarrada até ser libertada por uma equipe do Serviço de Recobrimento do 37º Batalhão sob o comando da major Érika.
As equipes da PM cercaram o local e um suspeito acabou sendo preso no momento em que empreendia fuga por palafitas neste local. De acordo com a vítima ela seria “disciplinada” por membros de uma organização criminosa pelo motivo de ter exibido uma foto com um policial.
A situação é conhecida como “tribunal do crime” onde os que desafiam a organização, são capturados, interrogados, torturados e sentenciados à morte com todo o procedimento gravado em celulares e depois exibidos em redes sociais fechadas.
No caso específico desta quarta-feira (27), surgiu um fato novo que chamou atenção da polícia. O homem que determinou a “disciplina” participou da sessão de julgamento no “tribunal do crime” através de videoconferência direto de uma favela no Estado do Rio de Janeiro.
Após libertar com vida a vítima os policiais se deslocaram com um dos criminosos conhecido como “Thiaguinho” que foi reconhecido e apresentado na Divisão de Homicídios.
O tenente Miranda do 37º Batalhão disse que a vítima relatou ter sentido “que aquele dia seria o último de sua vida” até ser resgatada com vida em que pese o grande susto e hematomas devido às agressões sofridas pelos “disciplinas” da facção criminosa.