Polícia

'Jogo do Tigrinho': grupo movimentou pelo menos R$ 25 milhões no Pará

A Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados aprovou proposta que proíbe influenciadores digitais de fazer publicidade de jogos de azar não regulamentados na internet.
A Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados aprovou proposta que proíbe influenciadores digitais de fazer publicidade de jogos de azar não regulamentados na internet.

Durante coletiva à imprensa nesta segunda-feira, 18, a Polícia Civil do Pará detalhou como agiam os influenciadores presos e investigados por participação em jogos de azar, como o popular ‘Jogo do Tigrinho’.

Na manhã desta segunda-feira (18), a Polícia Civil do Estado do Pará, através da Seccional Urbana do Comércio, deflagrou a Operação “Truque de Mestre”, para cumprir 12 mandados de prisão temporária e 12 mandados de busca e apreensão contra pessoas investigadas por divulgar jogos de azar através das redes sociais.

Os agentes prenderam sete pessoas envolvidas no esquema de jogos e apreenderam cinco carros de luxo, duas motos, aparelhos eletrônicos e documentos que subsidiarão as investigações.

Participaram da operação 14 equipes de policiais civis que compõem as delegacias e seccionais da Diretoria de Polícia Metropolitana (DPM) e da Diretoria de Polícia do Interior (DPI), entre elas as Seccionais da Sacramenta, São Brás, Guamá, Marituba, Ananindeua, Cremação, Pedreira, Marambaia, Icoaraci, Cidade Nova, Paar e das Delegacias do Atalaia, de Bragança e de São Francisco do Pará.

Segundo a polícia, o grupo pode ter movimentado pelo menos R$ 25 milhões no Estado. O esquema funcionava da seguinte forma: alguns influenciadores eram cooptados por outros membros da suposta organização criminosa e, ao fazerem a divulgação do ‘Jogo do Tigre’, passavam aos apostadores a falsa impressão de ganho fácil, a partir do momento em que os influenciadores ostentavam luxo e riqueza nas redes sociais, sugerindo que seria o destino de cada apostador caso investisse no jogo de azar. O que as centenas de milhares de seguidores dos envolvidos não sabiam é que, nesse jogo, a banca sempre ganha.

Os influenciadores compraram casas de luxo, veículos importados e numa residência, segundo a polícia, foram encontradas roupas e acessórios de marcas famosas européias. A polícia disse que é apenas a fase inicial da investigação, que resultou nas prisões ao longo de 4 meses de apuração, e agora deve partir para identificar as outras pessoas que estão por trás do esquema que tem lesado milhares de pessoas.