Quando um cidadão ligou para o Centro Integrado de Operações na manhã deste dia de Natal repassando que havia percebido um corpo sem vida com mãos e pernas amarradas no bairro do Aurá, em Ananindeua, logo se deduziu se tratar de mais uma execução nos moldes do famigerado “tribunal do crime”.
Isto porque a situação remete à marca registrada de uma facção criminosa que atua na área, cujos alvos são detidos, interrogados, amarrados, sentenciados e mortos com direito a gravação via telefone celular.
O crime na manhã deste Natal foi na avenida União dentro do cemitério municipal Parque dos Girassóis no bairro do Aurá e possivelmente foi feito durante a madrugada.
Foi acionada a viatura 3008 do 30º Batalhão que cobre a área e confirmando a ocorrência sendo de imediato acionados a Divisão de Homicídios, Polícia Cientifica do Pará e Instituto Médico Legal Renato Chaves para remoção do corpo.
Enquanto se procedia a perícia no local a vítima foi identificada como sendo o evadido do sistema prisional Cleyton William Duarte Bosque, conhecido como “Gordinho” encontrado sem camisa e com o rosto para o chão entre duas sepultaras.
De acordo com o levantamento de local de crime, “Gordinho” usava tornozeleira eletrônica, cujo corpo apresentava vinte e cinco disparos de arma de fogo que atingiram pernas, coxas, tórax e cabeça além de apresentar sinais de extrema tortura estando com as mãos e pés amarrados.
Moradores próximo aos cemitério dos Girassóis que é considerado isolado e soturno durante a noite revelaram aos policiais que ouviram muitos disparos de arma de fogo que foram confundidos com fogos de artifícios] entre a meia noite e uma hora no momento da ceia de Natal.
Na cena do crime os peritos criminais encontraram cartuchos de pelo menos duas armas como sendo uma pistola Ponto 40 e uma arma de grosso calibre 12 levando as investigações a uma suposta execução violenta pelo “tribunal do crime”.