ESTELIONATO

Falso operador da Bolsa de Valores aplica golpes em servidores da PCPA

Operação Trader: analista do MPF é preso em esquema de estelionato envolvendo servidores da Polícia Civil.

Operação Trader: analista do MPF é preso em esquema de estelionato envolvendo servidores da Polícia Civil.
Operação Trader: analista do MPF é preso em esquema de estelionato envolvendo servidores da Polícia Civil.

A Polícia Civil do Pará cumpriu um mandado de prisão preventiva contra um homem, analista do Ministério Público Federal (MPF) em Santarém, no curso da “Operação Trader”. A investigação, conduzida pela Divisão de Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD), apura um esquema de estelionato que teve como vítimas servidores da Polícia Civil, entre outros profissionais do setor público. O cumprimento de mandado ocorreu na terça-feira (26), no Sistema Penitenciário, em Santarém.

De acordo com as investigações, o suspeito se apresentava para amigos e colegas de trabalho como um operador da bolsa de valores especializado em “Day Trade”, conquistando a confiança de juízes, procuradores, analistas e outros servidores.

“Ele oferecia oportunidades de investimentos com promessas de lucro garantido e sem risco. No decorrer do golpe, o acusado montou uma carteira de investidores com mais de 30 pessoas. Ele ainda incentivava os servidores a contrair empréstimos utilizando suas margens de crédito consignável, alegando que isso permitiria investimentos mais arrojados e lucrativos”, explica o delegado Alexandre Silva, da Divisão de Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD).

Só na promessa

Ainda de acordo com o delegado, as promessas de retornos financeiros, no entanto, nunca se concretizaram. O esquema foi inicialmente desvendado pela “Operação Falso Midas”, deflagrada pela Polícia Federal em 20 de agosto de 2024, também em Santarém, que resultou na primeira prisão do analista.

Apesar de o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) ter concedido, no último dia 26 de novembro, uma liminar revogando a prisão preventiva imposta pela “Operação Falso Midas”, o suspeito continuará detido devido ao novo mandado expedido pela “Operação Trader”, que o manterá preso no Centro de Recuperação Agrícola Sílvio Hall de Moura (CRASHM), em Santarém.

Além disso, o suspeito é investigado na “Operação Hermes”, conduzida pela 16ª Seccional Urbana de Santarém, onde surgiram outras vítimas do mesmo golpe.

“Segundo depoimento prestado pelo acusado, os prejuízos totais causados às vítimas já somam R$ 10 milhões. As investigações continuam, e o acusado permanecerá preso enquanto os processos seguem em curso”, conclui o delegado Alexandre Silva.