OPERAÇÃO TORNIQUETE

Faccionadas foragidas do Pará são presas no Rio de Janeiro

As presas integravam uma facção criminosa que atua no Pará e são responsáveis por praticarem e articularem extorsões contra comerciantes e empresários do estado.

Faccionadas foragidas do Pará são presas no Rio de Janeiro Faccionadas foragidas do Pará são presas no Rio de Janeiro Faccionadas foragidas do Pará são presas no Rio de Janeiro Faccionadas foragidas do Pará são presas no Rio de Janeiro
Delegado-Geral da Polícia Civil, Walter Resende. Foto: Celso Rodrigues/Diário do Pará
Delegado-Geral da Polícia Civil, Walter Resende. Foto: Celso Rodrigues/Diário do Pará

A Polícia Civil do Pará em uma ação conjunta com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, atuou desde o início da manhã desta terça-feira, 3, na Operação Torniquete, deflagrada na cidade do Rio de Janeiro. Durante as ações, duas mulheres, integrantes de uma organização criminosa que atua no Pará cometendo extorsões contra comerciantes e empresários, foram presas no complexo da Penha. 

Segundo o Delegado-Geral da Polícia Civil, Walter Resende, o trabalho de investigação segue sendo realizado continuamente, e o estado empenhado para localizar membros de facções criminosas que estão em outros estados.

“Nós estamos aqui, acompanhando de perto desde o início da madrugada as ações junto a nossa equipe especializada e policiais civis e militares do Rio de Janeiro nessa grande operação para juntos combater o crime organizado. Hoje demos cumprimento a mandados de busca e apreensão e também localizamos duas mulheres faccionadas, responsáveis por praticarem e articularem extorsões contra comerciantes e empresários no Pará, além disso, atuam como articuladoras financeiras dentro desse grupo criminoso. Então, isso demonstra que estamos atentos a tudo o que tem ocorrido e trabalhando para que o crime seja combatido de onde quer que ele esteja sendo praticado. Portanto, nós vamos seguir atuando muito fortemente para que outros membros de facções criminosas sejam presos e o crime organizado, cada vez mais, desarticulado”, afirmou Walter Resende. 

Prisões e apreensões

Durante as diligências no Complexo da Penha, Zona Norte, equipes especializadas da PCPA localizaram e prenderam uma mulher faccionada, condenada há 12 anos de prisão por crime organizado, que estava foragida do sistema penal do Pará. A acusada também atuava como responsável pelas transações financeiras do grupo criminoso, inclusive de valores obtidos por meio de extorsões de empresários e comerciantes do Pará. 

Com informações do trabalho de inteligência, uma segunda mulher, de 20 anos, integrante da mesma facção, também responsável, com o marido, que está foragido, de praticar extorsões contra empresários e comerciantes dos bairros da Pratinha, Tenoné e Tapanã, em Belém. A prática do crime é feita a distância, via telefone.

Também foi apreendida uma estufa caseira para plantio de maconha na casa de uma liderança que atua no Pará. O suspeito não estava no local no momento da apreensão. 

Investigações

Equipes das agências de inteligência do Pará trabalham nas investigações sobre as ações criminosas continuamente, e diante de informações obtidas desde o primeiro semestre de 2024, solicitaram a integração de uma ação junto a PCRJ para localizar alvos que estão escondidos no estado. A ação visa localizar faccionados, como as duas mulheres presas, que tem praticado extorsões a comerciantes e empresários, e ainda, atentados e homicídios contra agentes de segurança pública no Pará. 

Balanço da Operação Torniquete

Dez pessoas foram presas em toda a ação integrada. Os agentes também estouraram um call center do crime e dois locais de refino de droga. Também localizaram loja de receptador ligado a liderança do tráfico. 

Além disso, foram apreendidos mais de uma tonelada de drogas, carga roubada, peças de fuzis desmontados, carregadores, roupas táticas, celulares e anotações do tráfico. Ainda na operação, 15 veículos produtos de crimes também foram recuperados. 

Integração

Mais de 900 agentes de segurança pública, veículos blindados e aeronaves participaram das ações que iniciaram ainda na madrugada desta terça-feira, 3, com um briffieng na Cidade da Polícia, no bairro Jacaré, em seguindo tendo os agentes deslocados até a comunidade da Penha. 

Entre os agentes das forças de segurança, estavam: tropas de elite de Inteligência, Policiais Civis de várias Delegacias do Estado do Rio de Janeiro, Batalhão de Operações Especiais (BOPE/RJ), Gaeco/RJ junto a Polícia Civil do Pará, por meio da Divisão de Homicídios, Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), Divisão de Homicídios (DH), Núcleo Integrado de Operações (NIP), Coordenadoria de Recursos e Operações Especiais (CORE/PA e RJ), Delegacia de Repressão a Facções Criminosas.