AÇÃO RÁPIDA

Execução de policial leva à queda de membros de facção em Belém e Ananindeua

Caçada ao crime: força-tarefa neutraliza quatro suspeitos de envolvimento em morte de policial.

Caçada ao crime: força-tarefa neutraliza quatro suspeitos de envolvimento em morte de policial
Caçada ao crime: força-tarefa neutraliza quatro suspeitos de envolvimento em morte de policial

Após o assassinato brutal do investigador da Polícia Civil do Pará, Ediel Francisco Barbosa Bittencourt, na manhã do último sábado (10), os órgãos de segurança pública do Estado montaram uma força-tarefa para localizar e capturar os responsáveis pelo crime. A vítima foi executada com mais de dez disparos, em plena luz do dia, no bairro do Guamá, em Belém, quando deixava a esposa em um ponto comercial.

As investigações apontam que o crime foi premeditado e articulado por uma organização criminosa envolvida em diversos atos violentos, como extorsões, incêndios criminosos e ataques a policiais. A operação desencadeada pela Polícia Civil resultou na morte de quatro suspeitos durante confrontos com as equipes policiais.

“Olheiro” foi o primeiro a ser preso

As diligências levaram os investigadores até Matheus Mendes Farias, morador da Vila Alegre, no Guamá. Segundo a Polícia Civil, ele foi o responsável por monitorar e repassar a rotina do policial Ediel aos autores da execução. Com ele, foram apreendidos uma arma de fogo e um celular com dados relevantes para a investigação. Matheus seria o elo entre a ordem do crime e os executores.

Confrontos e mortes durante a caçada

Durante o fim de semana, três suspeitos foram mortos em confrontos com a polícia. Um deles foi João Victor Santos Lopes, conhecido como “K2”, localizado no conjunto Tocantins, no Parque Guajará. Apontado como “idealizador de missões” da facção criminosa Comando Vermelho (CV) nos bairros do Aurá e Águas Lindas, K2 também seria responsável por outros crimes, como o incêndio ao Supermercado Eldorado e o ataque a ônibus, ambos em Ananindeua.

Outro envolvido, Michael Henrique Monteiro da Cunha, morador da Radional II, no bairro da Condor, foi morto após confronto com policiais que cercaram sua residência. A informação era de que um dos suspeitos da execução estava escondido no local. Segundo os agentes, Michael reagiu à abordagem, sendo baleado. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu na UPA do Guamá. Com ele, foram apreendidos um revólver calibre 38 e um tablete de cocaína.

A quarta a tombar foi Alice da Silva Wanzeller, moradora do bairro da Cabanagem. De acordo com cruzamentos de dados, ela teria recebido de Matheus Mendes informações sobre a rotina do investigador Ediel e as repassado a um criminoso fora do estado, que teria dado a ordem para a execução.

Executor identificado segue foragido

O autor dos disparos que mataram Ediel foi identificado como Ivair do Nascimento Mártires Junior. Ele aparece nas imagens de câmeras de segurança executando o policial, mesmo com as mãos para o alto. Ivair possui diversas passagens pela polícia e é apontado como integrante de facção criminosa. Após o crime, fugiu em uma motocicleta clonada, posteriormente abandonada. As buscas seguem intensas, e a polícia não descarta que ele já tenha deixado o estado.

A Divisão de Homicídios e a Delegacia de Homicídios de Agentes Públicos seguem à frente das investigações, que permanecem em curso com diligências ininterruptas.