
A Polícia Civil do Pará divulgou, na tarde desta terça-feira (22), o retrato falado do suspeito de assassinar o empresário Anderson Costa, morto no último dia 17 de abril, na rodovia PA-475, nas proximidades do quilômetro 50, entre os municípios de Moju e Tailândia. O caso, que chocou a região pelo grau de violência, segue sob investigação da Superintendência da Regional do Baixo Tocantins.
De acordo com o delegado Mhoab Khayan, responsável pelo caso, o crime ocorreu após um incidente mecânico com o veículo da família. A caminho de Tailândia, vindo de Belém, o grupo teve um pneu furado. Enquanto buscavam ajuda, um homem saiu de uma área de mata e rendeu as três pessoas — o empresário, sua esposa e a enteada.
Segundo o delegado, o criminoso cometeu uma série de agressões sexuais e, ao tentar proteger a enteada de um estupro, Anderson foi brutalmente assassinado. A esposa da vítima também teria sido violentada minutos antes.
“Fizemos o retrato falado do criminoso a partir dos depoimentos das vítimas e estamos nos esforçando para dar uma resposta célere a esse crime grave”, declarou Khayan. “Não posso revelar muitos detalhes, pois os depoimentos estão sob sigilo. Mas já sabemos que o criminoso se aproveitou da situação do pneu furado e saiu da mata para cometer esse crime bárbaro.”
Identidade da vítima gera nova linha de investigação
Durante a investigação, a polícia descobriu que a vítima usava documentos falsos em nome de Anderson Ferraz Torres. Um laudo pericial revelou sua verdadeira identidade: Anderson Fábio Rodrigues Costa, de 44 anos, foragido do sistema prisional do Pará desde 2006. Ele respondia pelos crimes de roubo, roubo qualificado e porte ilegal de arma de fogo.
A revelação trouxe à tona uma segunda linha de investigação, que levanta a hipótese de que o crime possa ter relação com o passado criminal da vítima.
“Por meio de um laudo, identificamos o verdadeiro nome da vítima, que era foragido da Justiça. Isso levanta uma nova hipótese sobre a motivação do crime. Contudo, independente disso, a Polícia Civil vai se empenhar para dar uma resposta. Estamos falando de uma vida tirada e de crimes graves cometidos contra outras vítimas no local”, completou o delegado.
As autoridades seguem com as investigações e pedem que qualquer informação sobre o paradeiro do suspeito seja repassada anonimamente aos canais da Polícia Civil.