INVESTIGAÇÃO

Criança de 7 anos morre em Paragominas e polícia investiga possível asfixia com desodorante

Polícia investiga se criança inalou aerossol em desafio da internet; laudo aponta sinais de asfixia

Polícia investiga se criança inalou aerossol em desafio da internet; laudo aponta sinais de asfixia
Polícia investiga se criança inalou aerossol em desafio da internet; laudo aponta sinais de asfixia. Foto: Divulgação

A morte de uma criança de sete anos, ocorrida em Paragominas, no nordeste do Pará, intriga a Polícia Civil e os familiares. A menina foi encontrada sem vida na própria residência, sem histórico de doenças ou comorbidades que pudessem justificar o óbito repentino.

Segundo informações repassadas pela equipe plantonista da 13ª Seccional Urbana de Paragominas, vinculada à Diretoria de Polícia do Interior, o caso foi comunicado no início da noite da última sexta-feira (29).

De acordo com o relato dos pais, por volta das 20h, a irmã da vítima foi até o quarto e, ao se deparar com a cena, começou a gritar desesperadamente. A mãe correu até o local e encontrou a menina deitada de bruços, com o corpo parcialmente arroxeado e um frasco de desodorante aerossol sob o corpo.

Mesmo em choque, a mãe retirou a criança do beliche e a colocou em outra cama. O pai acionou a sogra e a família levou a menina à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Paragominas. No hospital, o médico plantonista confirmou o óbito.

A Polícia Civil realizou diligências na residência da família e na UPA. Foram ouvidas testemunhas e solicitadas perícias e exames complementares para esclarecer a causa da morte.

De acordo com os primeiros levantamentos, os indícios apontam para asfixia, dado o estado de rigidez cadavérica e as manchas arroxeadas no corpo — sinais de hipóxia (falta de oxigênio no sangue). O laudo preliminar indica que a morte pode ter ocorrido entre três a quatro horas antes do atendimento médico.

O frasco de desodorante encontrado junto ao corpo também foi encaminhado para perícia. A polícia não descarta a hipótese de envolvimento com possíveis “desafios” de internet, que incentivam crianças e adolescentes a inalarem aerossóis — uma prática perigosa que já causou mortes em outras regiões do país.

As investigações continuam sob sigilo.