Belém e Pará - Durante o clássico entre Remo e Paysandu, neste domingo (11), em Belém, a Polícia Civil do Pará, por meio da Delegacia de Proteção ao Torcedor e de Grandes Eventos (DPTGE), efetuou duas prisões em flagrante e lavrou Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO) contra dez torcedores vinculados a torcidas organizadas. As ações ocorreram durante a fiscalização conjunta das Polícias Civil e Militar no Estádio.
Segundo o delegado Marcos André Araújo, titular da DPTGE, a equipe foi acionada por uma guarnição da Rotam que deteve dez torcedores do Paysandu. Eles teriam descumprido a rota previamente definida pelo sistema de segurança e se envolvido em confrontos com torcedores do Remo na avenida Augusto Montenegro. Todos foram autuados com base no Art. 201, §1º, inciso III, da Lei nº 14.597/2023, que trata da participação em brigas de torcidas organizadas.
Além disso, dois dos investigados portavam bombas caseiras e também foram autuados com base no inciso II do mesmo artigo, que criminaliza o porte de objetos potencialmente perigosos em eventos esportivos. Os artefatos foram apreendidos e encaminhados para perícia no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves.
Todos os envolvidos foram conduzidos ao Juizado Especial do Torcedor (JECRIM), instalado no estádio, para os procedimentos judiciais.
Ainda durante o evento, a Polícia Civil prendeu uma mulher em flagrante por lesão corporal e tumulto esportivo. Ela tentou entrar no estádio com o filho menor sem ingresso e, ao ser impedida, agrediu um agente de segurança com um soco no rosto.
Em outro caso, um homem foi preso por injúria racial após insultar uma funcionária de um bar no estádio. Este foi o primeiro registro de crime de racismo feito pela DPTGE desde sua inauguração, há pouco mais de um ano.
Além das prisões e TCOs, a delegacia registrou outros cinco Boletins de Ocorrência relacionados a diferentes ocorrências durante a partida.